Santa Casa de Aparecida espera convênio com o Estado para manter UTI funcionando

Sem verba estadual ao longo de 2019, hospital garante acordo firmado para custear atendimento

A Santa Casa de Aparecida, que espera por pagamento de R$ 100 mil mensais de convênio com o Estado para manter UTI (Foto: Arquivo Atos)

Rafael Rodrigues
Aparecida

Depois de um problemático 2019, quando a Santa Casa de Aparecia não recebeu nenhum recurso estadual para manter as atividades da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a expectativa é de que em 2020 tudo seja diferente. A administração da entidade confirmou convênio firmado com o Estado para o repasse de R$ 100 mil por mês para custear os leitos. A informação foi confirmada esta semana pelo administrador do hospital, Frei Bartolomeu Schultz.

Segundo ele, após um ano em iminência de fechar as portas, a UTI de Aparecida está mantida para 2020. “O Estado garantiu e vamos manter a unidade em pleno funcionamento, dando atendimento par região”, desabafou. Schultz relatou que as conversas com o governo do Estado se estenderam ao longo de 2019, e chegou a ser sinalizado positivamente em outubro, mas somente depois de aprovada a proposta é que ficou garantido o aporte de R$ 1,2 milhão anual, que será pago mensalmente até 2022. “Nós fizemos um cadastro com a proposta em um sistema do Estado, no valor de R$ 100 mil por mês durante três anos, e foi aprovado. Agora acreditamos que em janeiro esse recurso possa sair e, se tudo der certo, até 2022 teremos o recurso garantido”, explicou.

No ano passado, o administrador do hospital afirmou que o custo médio da UTI adulto, com nove leitos, gira em torno de R$ 250 mil, e apenas o Ministério da Saúde contribuí para a manutenção do atendimento. “Desses R$ 250 mil, hoje recebemos somente R$ 104 mil da União, e no ano passado recebemos como ajuda de custeio R$ 100 mil por mês do Governo do Estado, mas o convênio encerrou-se em dezembro de 2018”.

Como a UTI de Aparecida é habilitada pelo Ministério da Saúde, o Governo de São Paulo não teria a obrigatoriedade de manter convênio para custeio. Inaugurada em 2016, a Unidade de Terapia Intensiva de Aparecida mantinha-se com recursos da União e contribuições estaduais. Schultz destacou que o Governo permaneceu com o apoio até maio de 2017. Desde então, o hospital segue apenas com a verba federal, além de convênios.

Segundo ele, a expectativa é que agora todo fim de mês, além dos valores que já recebe, a Santa Casa conte também com a ajuda estadual. “A proposta é que a primeira parcela seja liberada no final de janeiro, e daí por diante, é esperado que todo fim de mês caia esse montante de R$ 100 mil”, finalizou.

 

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