Nilton Nogueira assume Saúde de Aparecida com missão de inibir confronto entre governo e Santa Casa

Preocupação com assistência básica e PA dão o tom do início de trabalhos do novo secretário, que substitui Simone Oliveira; setor viveu impasses com licitações e atendimentos

O Pronto Atendimento médico em Aparecida; prefeito Periquito anunciou mudança de cadeiras e Nogueira é novo secretário da Saúde (Foto: Reprodução)

Leandro Oliveira
Aparecida

Nilton Nogueira Barbosa, de 51 anos, é o novo secretário de Saúde de Aparecida. O chefe da pasta chega para substituir Simone Oliveira, que pediu exoneração na última semana após ter entrado na gestão do prefeito Luiz Carlos de Siqueira ‘Piriquito’ (Podemos) no meio do ano passado. É a terceira troca de secretários de Saúde em menos de 18 meses.

Nogueira é bacharel em direito, trabalhou como servidor da saúde de Aparecida entre os anos de 1994 e 2004, esteve na gestão do ex-prefeito de Guaratinguetá, Junior Filippo (PSD), entre 2005 e 2012, no primeiro mandato de Fábio Marcondes (sem partido) em Lorena, antes de também atuar em São José do Barreiro e Lavrinhas.

O novo secretário chega com a missão de organizar uma cidade que vive duas realidades distintas. De segunda à quinta-feira, Aparecida tem 36 mil pessoas que podem usar a saúde básica e emergencial. De sexta-feira a domingo, o número dobra e às vezes ultrapassa a marca das cem mil pessoas.

Em um primeiro momento, Nogueira confirmou ao Jornal Atos que ainda está “tomando pé” da situação real da secretaria, das unidades de saúde, dos contratos e das pessoas que compõem o time de profissionais. O secretário não detalhou os principais problemas do município, que são a atenção básica e a gestão do Pronto Atendimento, que hoje permanece instalado na Santa Casa.

Antes da chegada de Nogueira, o Pronto Atendimento entrou em discussão no município, com a intenção da Prefeitura de mudar os atendimentos da Santa Casa para o prédio da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Santa Terezinha. Mesmo com posicionamento negativo do Comus (Conselho Municipal de Saúde), o Executivo manteve a decisão pela mudança, que não foi possível após intervenção da Promotoria de Justiça.
“Fui informado que foram feitos termos aditivos recentemente, então precisamos respeitar os prazos de validade desses termos. Enquanto isso, vamos tomando ciência e verificando a necessidade ou não de fazer qualquer tipo de troca”, destacou o secretário.

A antiga secretária, Simone Oliveira foi considerada um elo de comunicação entre o Executivo e o único hospital do município, a Santa Casa. Com boa relação com o administrador, Frei Bartolomeu Schultz, a ex-secretária estreitou os laços, antes estremecidos entre a gestão municipal e o hospital.

Nogueira confirmou ao Jornal Atos que fará reuniões com servidores, chefes de setores para traçar estratégias e diagnósticos do que precisa ser feito em Aparecida no primeiro momento. O contrato com a Santa Casa será cumprido.

O acordo com a Anaesp (Associação Nacional de Apoio ao Ensino, Saúde e Políticas Públicas de Desenvolvimento), que administra as unidades de atenção básica, também será mantido em um primeiro momento.

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