Câmara de Aparecida devolve R$ 700 mil à Prefeitura em 2019

Valor anunciado era de R$ 500 mil, mas após revisão, acabou reajustado como a maior quantia já devolvida no município

O ex-presidente da Câmara, Wadê Pedroso, que fez devolução recorde à Prefeitura (Foto: Reprodução CMA)

Rafael Rodrigues
Aparecida

A Câmara de Aparecida anunciou no início desta semana a devolução de R$ 716 mil para os cofres da Prefeitura. A economia foi anunciada duas vezes pelo Legislativo. Ainda no fim do ano passado, o diretor da Casa, Geraldo de Souza, teria confirmado que os recursos que voltariam para os cofres do Executivo estariam na ordem de R$ 540 mil.

Mesmo sendo um valor expressivo em comparação com anos anteriores, os recursos tiveram acréscimo de aproximadamente R$ 200mil, anunciado pelo então presidente da Casa, o vereador Wadê Pedroso (DEM). “Refizemos os cálculos e, depois de muita conversa, chegamos a esse valor, que é maior do que foi anunciado incialmente aqui na Câmara”, contou o parlamentar.

O montante corresponde a 16,5% do orçamento previsto para 2019, que estava na ordem de R$ 4,3 milhões. Segundo Geraldo de Souza, só foi possível chegar a esse valor graças à economia gerada com a folha de pagamento do Legislativo. “Dentro desse orçamento previsto para 2019, estava também a previsão de contratação de 18 novos funcionários, através de concurso público, que acabou sendo suspenso pela Justiça, no final de 2018”, lembrou o diretor da Casa.

Wadê também atribuiu o alto valor ao fato de não ter feito nenhum tipo de obra, nem mesmo a pintura da Câmara. “Estava tudo em ordem. Os carros funcionando, o prédio bem cuidado, então resolvemos que não deveríamos mexer com obra, nem mesmo com a pintura da Câmara”, afirmou.

Ano polêmico – Os trabalhos da Câmara de Aparecida giraram em torno do afastamento do prefeito Ernaldo Cesar Marcondes (MDB), suspenso de suas atividades em julho passado, após solicitação do Ministério Público. A Promotoria investiga possíveis irregularidades na licitação de compra de material escolar, em 2015.

Depois de confirmada a suspenção das atividades, os vereadores se articularam para iniciar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as acusações de irregularidades. Apesar de todo trabalho ao longo do segundo semestre, a própria Justiça, que concedeu afastamento de Marcondes, atendeu a solicitação do político para suspender os trabalhos.

De acordo com o documento, a defesa se baseia em argumentos como “erros” cometidos pela comissão e “perseguições por parte de alguns vereadores”. Marcondes afirmou que dos três vereadores nomeados para compor a CPI, dois são os mesmos que fizeram a representação contra ele.

Próximo presidente – No último ano da legislatura, o vereador Francisco Egídio Monteiro, o ‘Fram Pé Sujo’ (MDB), assumiu a presidência da Casa. Ele venceu a disputa com Carlos Alexandre Rangel, o ‘Xande’ (PSD), por 5 a 4. Além de Fram, a mesa diretora da Câmara de Aparecida conta como representantes os últimos ex-presidentes: Wadê Pedroso (DEM) com o cargo de vice; Adilson Boi na Brasa (MDB), que antecedeu Pedroso na chefia do Legislativo, primeiro secretário, com Waldir Siqueira, o ‘Zoinho’ (PL) segundo secretário. Todos tiveram cinco votos.

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