Após reassumir Prefeitura, Márcio Siqueira inicia mudanças em Aparecida

Tucano já anuncia troca no comando do Saae; Educação e Administração também preparam alterações

Rafael Rodrigues
Aparecida

No primeiro dia após seu retorno à Prefeitura de Aparecida, Antônio Márcio Siqueira (PSDB) já começou as esperadas mudanças no alto escalão. As modificações começaram pelo Saae (Serviço Autônimo de Água e Esgoto), que até então estava sob a direção de Wellington Nogueira, mas que agora terá a volta de Paulo de Toledo Piza.

Nas secretarias, o responsável pelo Planejamento e Gestão Estratégica é Aloísio Lourenço de Almeida, substituindo Marcelo Monteiro Gonçalves. Outra exoneração anunciada foi a de Leandro Marcondes, do Meio Ambiente. O cargo de Chefe do Gabinete foi nomeado para Teresa Cristina Reis.

De acordo com o próprio prefeito, as pastas de administração, educação e procuradoria jurídica foram entregues já na última sexta-feira, quando a decisão que cassava a liminar que o mantinha afastado foi oficializada pela justiça. “Nós já tivemos a mudança no serviço do Saae e também tivemos a saída da secretária de Educação, pasta que vamos colocar alguém interinamente até nomearmos em definitivo”, destacou Siqueira, que contou ainda que o procurador jurídico Marco Aurélio Piza e o secretário de Administração, já pediram a saída na última sexta-feira.

O nome que deve substituir Domingos Léo Monteiro na Administração é do advogado José Dimas, enquanto a secretaria de Educação ainda aguarda definição, mesmo com a possibilidade da professora Nazaré Carlota de Castro retornar à função.

O tucano disse que não pretende mexer, já que ele próprio havia nomeado antes de ser afastado, como é o caso da Saúde, que deve continuar sob o comando da Maria Eliane Moraes e da Promoção Social que tem a frente a Isabel Cristina Cesar.

Da equipe formada no Governo Ernaldo Narcondes, Siqueira mostrou admiração pelo trabalho do atual secretário de Obras, José Benedito Angelieri, que deve continuar na pasta. “É um profissional competente e dedicado, trabalhou em Guaratinguetá, tem todas as condições para continuar o trabalho se for desejo dele”.

Marcio Siqueira afirmou que durante esses últimos oito meses em que esteve afastado do cargo não acompanhou a política da cidade, muito menos as decisões tomadas pela administração que o sucedeu. Segundo ele, a falta de motivação impediu que ele se inteirasse do andamento das ações do Executivo. “Me isolei bastante, porque fiquei muito magoado e aborrecido com tudo que aconteceu. Preferi me distanciar de todas as questões. Sei que algumas coisas que começamos foi dado andamento, mas as questões políticas eu fiquei alheio e agora que vou tomar conhecimento”.

O atual prefeito também descartou a possibilidade de que possa ser novamente retirado do cargo, alegando que a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) é a ultima instância. “Não acho que possa haver outra reviravolta, porque foi uma decisão do STF e está acima de qualquer instância. Agora só se a câmara municipal de vereadores instalarem alguma Comissão Processante”.

Vice – De acordo com o agora recém reempossado prefeito, a relação política entre ele e o vice Ernaldo Cesar Marcondes (PMDB) está rompida desde os primeiros afastamentos no final de 2014.

“A nossa relação que era positiva, porque eu confiei e fui leal a ele, dei secretarias, caminhou comigo, mas depois ele tomou caminho que era de interesse dele. E posso te dizer que nossa caminhada hoje é irreconciliável”.

Marcondes fez questão de dizer que a decisão não o pegou de surpresa e que ele já esperava o retorno de Siqueira.

O agora vice-prefeito também falou da relação entre os dois, afirmando que está aberto ao diálogo, mas que não acredita em reconciliação política. “Todas as vezes eu fui aberto ao diálogo, mas nunca me procuraram. Estou sempre à disposição para cidade. Não tenho contato nenhum com o Márcio, desde as últimas decisões. Acho que o grupo deles tem uma visão de que eu fiz com que isso acontecesse o que não é verdade”.