“Há eleição que ganhamos perdendo. Há eleição que perdemos ganhando”.

Marina Silva

 

DILMA 2

A frase da ex-candidata Marina Silva é emblemática.

Se Marina ou Aécio vencedores das eleições estariam na primeira condição: ganhavam à eleição e teria o custo do desgaste imagem, popularidade, ao colocar a economia nos trilhos.

A segunda opção ficou com a candidata eleita Dilma: ganhou a eleição e agora terá a missão de desmentir todas as acusações sofridas pelos seus concorrentes. O arrocho salarial, desemprego, queda da renda, limitação no programa bolsa família e aquelas cenas do filme da campanha onde os banqueiros retirariam da mesa a comida, os livros das escolas, enfim, um filme de horror para assustar uma população com baixo índice de politização.

A mentira de perna curta tem este inconveniente!

Ganhou mas vai perder.

O seu partido de tanto desmoralizar o governo de FHC beberá do fel da mentira, da farsa, do cinismo e do abuso sobre uma sociedade que ainda não adotou o sentido de cidadania, amor a sua terra e que todo político é corrupto.

A herança maldita, e o “nunca antes nesse país” num governo se desmoronam pela sua própria incapacidade e incompetência de governar, sem as “zelites”, manifestando-se nas urnas, sem nenhum movimento contrário ao governo. A urna mostrou!

Razões de sobra para as “zelites” solicitar o impeachment da presidente pelo desrespeito as contas públicas implícitas na Lei de Responsabilidade Fiscal e o não cumprimento da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

As urnas mostraram cabalmente o quanto o governo estava errado e insistindo no erro de sua política econômica calcada em princípios ultrapassados e comprovadamente desastrosos como ocorreu no governo Geisel (nacional desenvolvimentista).

O mundo temeroso pelo impacto da crise do petróleo e aqui vivíamos numa Ilha da Fantasia, financiado por dinheiro alheio.

Um dia a conta chegou. Nos dias atuais o panorama se repetiu.

O tsunami financeiro da crise de 2008 transformado pelo mágico do ABC em marolinha desvalorizou o dólar, aumentou o crédito e vendeu a idéia de que estávamos blindados da crise financeira que passa dos cinco anos.

Nos simpósios, congressos no exterior, o voluntarismo tupiniquim inflado pela inteligência dos oráculos da economia da Unicamp. Teve a coragem de mostrar como se sai de uma crise econômica mal sabendo que estávamos no olho do furacão da crise da mesma forma como a primeira crise do petróleo de 1973.

A diferença é que agora consumimos o que produzíamos, ou seja, demos um tiro no pé. Devemos para nós mesmos!

Como deve ser difícil para a presidente aceitar – a dúvida se não foi imposta por Lula -, a presença de dois economistas opostos à política econômica introduzida, gestada, por ela.

Guido Mantega (professor da Unicamp) era apenas o porta voz do caos da política econômica da presidente escoltada por Aloísio Mercadante, o guardião da mesma universidade.

O indicado para o Ministério da Fazenda é um engenheiro naval, com doutorado em economia na Universidade de Chicago. Trabalhou no FMI (é de arrepiar!), economista do Banco Central Europeu, participou no período FHC (outro arrepio!), no governo Lula no Ministério do Planejamento, Secretário do Tesouro Nacional, Secretário da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro e diretor do Bradesco Asset Management (operador mercado acionário internacional).

A escola de Levy é a mesma que implantou o Plano Real e o governo terá que admitir e engolir que o tripé macroeconômico do governo FHC (ajuste fiscal, meta de inflação e câmbio flutuante), pois, destruído na segunda metade do segundo ano do governo Lula, levou o Brasil a um baixo crescimento, aumento da dívida pública e o descontrole da inflação.

Não vai ser fácil para a presidente Dilma conviver num ambiente desta natureza, ou seja, não ser mais a ministra da Fazenda.

Por outro lado, o ex-presidente Lula está rifando a pupila porque 2018 está aí!

Presidente Dilma, com todo respeito, recomendo um engov todos os dias, pela manhã!

 

Escrito por: Márcio Meirelles

 

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