Atos e Fatos

“É possível enganar algumas pessoas todo o tempo; é também possível enganar as pessoas por algum tempo; o que não é possível é enganar todas as pessoas todo o tempo”.

O presidente, Lula; Professor Márcio Meirelles comenta o terceiro Governo (Foto: Reprodução EBC)

Abraham Lincoln

 

Professor Márcio Meirelles

O PT  3

O presidente Lula 3 vem acumulando uma série de gafes públicas.

Parece que está se transformando em um padrão.

A sociedade aguardava um Lula mais cometido diante das gafes e os absurdos que o seu antecessor proferia.

Quando se é chefe de Estado, antes de falar, é imprescindível pensar!

Se o presidente anterior tinha o seu “cercadinho”, o presidente Lula imagina-se em uma reunião de sindicato no ABC paulista.

Se foi o tempo do presidente Temer discursando com as suas mesóclises. É 8 ou 80!

O presidente tem somado as suas palavras palavrões de baixo calão quando afirmou a relação dos EUA com a Lava Jato e chamou de “armação” do senador, ex-juiz Sérgio Moro.

Esta fala foi ao vivo e televisiva!

Lula é a cara do PT.

A referência preconceituosa de pessoas com transtornos mentais com “problema de desequilíbrio de parafuso”.

A verborragia do presidente tem aumentado consideravelmente o folclore político preocupando os aliados e integrantes do governo.

No campo internacional revestiu-se de importante interlocutor e experiente em geopolítica se intrometendo na guerra da Ucrânia e Rússia.

Imaginou-se superior ao presidente dos Estados Unidos, o presidente da França e o líder chinês.

Ora, para sentar-se à mesa de negociação internacional o presidente de uma nação tem que apresentar credenciais especiais de negociador internacional e ter poder, ou seja, seu país ter exército, arma nuclear, experiência, peso político e vai por aí.

A questão da guerra Ucrânia e Rússia remontam à sua própria existência territorial. Problemas milenares!

Talvez a preocupação do presidente é imaginar-se como os líderes africanos: Bispo Desmond Tutu e Nelson Mandela, Prêmios Nobel da Paz.

Aliás, pretensão do presidente Lula, conjuntamente com o Ministro do Exterior Turco, em 2010, tentar convencer o líder iraquiano Ahmadinejad sobre o tema nuclear. Mico puro!

O Brasil e a Turquia, atualmente, os países com a maior taxa de juros real do mundo!

Na verdade, está faltando ao presidente Lula bons conselheiros.

Na área internacional o seu assessor geopolítico, Celso Amorim, é o que faz a política externa em confronto direto ao ministro Chefe do Itamaraty.

Cancela nomeações, transferências dentro do ministério e ampliou as relações com a Rússia.

É preocupante!

Mais preocupante, a sociedade esperava um governo Lula mais operante, moderno, com vinte anos fora do governo num mundo globalizado, da tecnologia e do conhecimento.

Nestes vinte anos não foi capaz de abandonar ideias econômicas ultrapassadas, como a insistência na manutenção das estatais e a rejeição formal da independência do Banco Central.

Refere-se ao presidente do Banco Central como sujeito!

O Partido dos Trabalhadores foi fundado em uma época (1980) que os partidos de esquerda da Europa tinham abandonado ideias marxistas como a ditadura do proletariado, a propriedade estatal dos meios de capital e a luta ferrenha do capital e trabalho.

A democracia representativa passou a fazer parte do seu ideário político, assim como a economia de mercado e o Estado do bem-estar social.

O partido dos trabalhadores não absorveu as positivas mudanças do ideário econômico transcorrido na Inglaterra com Margareth Thatcher (1979) e Tony Blair (1997), do Partido dos Trabalhadores inglês.

Do lado político, o baixo crescimento do nosso PIB (menos de 2% ao ano), a perspectiva de uma derrota eleitoral e quem sabe, talvez, uma oportunidade, no futuro, para modernizar suas orientações no campo econômico com grandes benefícios para o país.

A derrota do PT encerra o ciclo Lula e poderá não contar nos pleitos seguintes com um candidato com o carisma e o poder eleitoral que o presidente possui.

Será uma situação sem paralelo na história política do país.

Por outro lado, impensável que o PT desapareça do cenário político brasileiro diante da sua solidez traduzida em organização e militância. A hipótese de minguar totalmente está afastada.

Entretanto, o caminho está traçado, pela postura do presidente e a dificuldade de pensar a realidade atual.

Ver para crer!

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