Marcondes cobra AME e critica lentidão do Estado

Prefeito de Lorena questiona demora na entrega de ambulatório, em meio à crise da saúde pública

Francisco Assis
Lorena

Anunciado em 2009, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Lorena se tornou mais uma novela à espera de inauguração na região. O atraso na obra adiou a entrega em diversas oportunidades, e agora, com o aumento da crise na saúde, a paciência na cidade parece ter acabado.

O prefeito Fábio Marcondes, que denuncia o descaso do governo do Estado com a saúde pública, e falta de gestão (Foto: Atos Redação)
O prefeito Fábio Marcondes, que denuncia o descaso do governo do Estado com a saúde pública, e falta de gestão (Foto: Atos Redação)

A preocupação aumenta, já que nem mesmo uma nova data foi repassada pelo Estado à Prefeitura. O prefeito Fábio Marcondes (PSDB) foi a São Paulo cobrar um posicionamento do Governo, mas a resposta mais uma vez foi vaga.
“Eles só dizem que Lorena é prioridade, mas não dão andamento. Isso é prejudicial, afeta totalmente o trabalho aqui, pois já tivemos médicos que pediram demissões e queremos fazer um concurso público, mas para isso, precisamos saber quais as especialidades do AME, para não termos os mesmos atendimentos”, criticou Marcondes.

Na última reunião, acompanhado pela secretária de Saúde, Imaculada Conceição Magalhães, o prefeito foi recebido pelo secretário-adjunto de Saúde do Estado, Wilson Pollara.

Marcondes apresentou os problemas da saúde regional e destacou a necessidade de uma revisão no sistema, já que o atendimento na sub-região de Guaratinguetá é de média complexidade.

Além de pedir o avanço no término da obra, ele sugeriu o uso das santas casas de Cruzeiro ou Guaratinguetá para a instalação de um hospital regional. “A saúde do Vale está um caos. O hospital referência, em Taubaté, não dá conta, lá a coisa não anda (sic). Falei que estamos com gente morrendo na região, por causa desse déficit no atendimento. Se não vai ter regional, que façam um hospital estadual em Guaratinguetá ou Cruzeiro”.

O AME de Lorena, iniciado no governo de José Serra e paralisado no de Geraldo Alckmin, aguarda pelos equipamentos e contratações de médicos (Foto: Atos Redação)
O AME de Lorena, iniciado no governo de José Serra e paralisado no de Geraldo Alckmin, aguarda pelos equipamentos e contratações de médicos (Foto: Atos Redação)

Foram várias as datas programadas para a entrega do AME. Em setembro, o Governo anunciou que a entrega seria mais uma vez adiada devido ao período eleitoral, que paralisou procedimentos da obra.

 

Novela – Aposta para saída da crise regional da saúde, o AME foi anunciado em 2009, pelo então governador José Serra (PSDB). Com a transição de governo, a obra acabou paralisada.

Dois anos depois, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a liberação do investimento de R$ 3,3 milhões, após paralisação de seis meses. O repasse foi feito em evento que contou com tucanos da região e o então apenas empresário Fabio Marcondes. Hoje prefeito da cidade, ele quer uma solução de Alckmin. “Temos hoje um baita prédio que está parado, enquanto as dificuldades da região aumentam. Com a palavra, o senhor governador…”

O AME – Ainda sem data de entrega, o complexo de atendimento contará com 22 especialidades, como as cirurgias pediátrica e torácica, reumatologia, endocrinologia e ortopedia. O serviço será dirigido pela mesa diretora da Santa Casa. A expectativa é de que o AME atenda pelo menos 17 cidades, beneficiando cerca de 450 mil pessoas.
A reportagem do Jornal Atos tentou contato com a secretaria de Saúde do Estado, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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