Francisco Carlos é denunciado na Câmara

Legislativo estuda possível abertura de CEI; denunciante apresenta áudios e vídeos contra prefeito    

O denunciante, Chesman do Amaral, apresenta na Câmara de Guará, vídeo para comprovar participação em ações do governo de Francisco Carlos (Foto: Lucas Barbosa)
O denunciante, Chesman do Amaral, apresenta na Câmara de Guará, vídeo para comprovar participação em ações do governo de Francisco Carlos (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Guaratinguetá

Durante a última sessão de Câmara de Guaratinguetá, os vereadores acompanharam o depoimento de Chesman Último do Amaral, que está processando o prefeito Francisco Carlos Moreira ( PSDB). O denunciante apresentou aos parlamentares uma série de áudios e vídeos que supostamente apontam irregularidades cometidas pelo tucano.

Com o plenário quase lotado, Chesman explicou os motivos que o levaram a processar o chefe do Executivo.

Ele acusa Francisco Carlos de tê-lo dispensando da secretaria de Cultura após um período de trabalho sem nomeação e pagamento pelo serviço prestado. Além disso, Chesman afirmou que mesmo trabalhando em sua campanha eleitoral, organizando carros de som, o tucano não o pagou pelo serviço e ainda o deixou com dívidas com fornecedores.

O denunciante afirmou que em 2013 ele teria sido nomeado para fazer parte da equipe da secretaria de Cultura, organizando projetos e eventos. Ele também garante que chegou a receber uma multa de trânsito em São Paulo quando dirigia um carro da Prefeitura.

Chesman reclamou que cerca de seis meses após a multa, acabou sendo dispensado sem que tenha sido baixada a portaria de nomeação.

O morador moveu um processo contra Francisco Carlos, que tramita no Judiciário, e solicitou à Câmara a abertura de um processo por improbidade administrativa contra o prefeito.

Em seu depoimento, o denunciante apresentou áudios, que gravou escondido, com supostas conversas com o assessor de gabinete e consultor pessoal do tucano, Carlos Goulart, que teria oferecido dinheiro para não levar o processo à diante.

Já um vídeo, mostra um suposto encontro entre Chesman e Francisco Carlos, onde o prefeito teria oferecido mais uma vez uma determinada quantia de dinheiro para que o processo fosse retirado. “Colhi estas fotos e vídeos porque percebi que o prefeito queria me enrolar e não tive outra saída. Mostrei também que o meu nome está até no site como funcionário da Prefeitura”, afirmou o denunciante.

Além do vereador Padre Reginaldo (PR), a atitude de Chesman foi criticada pelo vereador Marcelo Meirelles (PSDB), que ressaltou que as gravações foram feitas de forma irregular.

Futuro – O presidente da Câmara, Marcelo Coutinho, o Celão (PSD), classificou as denúncias como de ‘extrema relevância’ e explicou quais serão os próximos passos do Legislativo. “Nosso setor jurídico estudará o caso. Já que maioria das acusações referem-se a atos praticados na campanha eleitoral, ainda não sabemos se caberá a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito). Na volta do recesso, a Casa fará um relatório e possivelmente o encaminhará, junto com uma cópia do depoimento do Chesman, ao Ministério”.

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