Márcio Siqueira nega desvio de verbas no complexo da Vila Mariana que motivou a CPI

Rafael Rodrigues
Aparecida

O prefeito de Aparecida, Antonio Marcio de Siqueira (PSDB), afirmou que não existe nenhum desvio de verbas ou fraude na obra do bairro Vila Mariana, pivô do imbróglio que culminou não somente na abertura da CPI arquivada na noite de segunda-feira, como também no afastamento do prefeito no início do ano.

A obra da escola no bairro de Vila Mariana já teria consumido R$ 2 milhões em verbas públicas. Segundo o projeto, no local deveria existir um complexo educacional com um anfiteatro e o prédio da secretaria de Educação, mas a obra está parada desde 2010.

Além da construção do complexo, a licitação feita na primeira gestão do tucano também previa a construção de um complexo educacional e um anfiteatro. Segundo denúncia do Ministério Público, os serviços contratados pela Prefeitura de Aparecida nunca foram concluídos.

Além do descumprimento das obras, o MP também acusa a gestão municipal de fraude em licitação, e que o prefeito teria simulado uma licitação para cumprimento da lei, mas contratou a empresa de sua preferência, acusações que foram rebatidas pelo prefeito Márcio Siqueira, que disse ainda não entender o motivo que esse assunto vem sendo tratado com tanto “sensacionalismo”. “A obra está parada porque está sub-júdice. Claro que há interesse da administração em terminar o serviço, mas eu quero deixar claro que não houve qualquer tipo de desvio ou superfaturamento no processo de licitação ou na assinatura do contrato”.

Siqueira se defendeu alegando que até mesmo o TC-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) apontou problemas técnicos na obra. “O próprio Tribunal identificou que há uma diferença de R$ 70 mil no valor total da obra, e se isso for mesmo verdade, a empresa terá que repor esse valor aos cofres públicos”, alegou.

O chefe do Executivo se defendeu dizendo que nem mesmo os valores denunciados estão corretos. “Na verdade foram gastos aproximadamente R$ 1,7 milhão, e o processo de licitação foi feito na Câmara. É inadmissível dizer que eu coloquei uma empresa que eu queria. Eu não participei do processo licitatório, mesmo porque não é função do prefeito”, finalizou.

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