Ubatuba intensifica campanha contra tuberculose
Ação nacional que teve início nesta segunda-feira tenta prevenir contra doença
Da Redação
Ubatuba
As equipes de ESF (Estratégia de Saúde da Família de Ubatuba) intensificaram, a partir desta segunda-feira (28), a busca ativa de casos de tuberculose na cidade. A iniciativa faz parte da Campanha Nacional, que busca ampliar o acesso da população ao tratamento da doença.
Apesar de pouco mencionada, a tuberculose ainda apresenta incidência. Somente em Ubatuba, é registrada uma média de quarenta casos por ano da doença, provocada por um microrganismo que ataca, principalmente os pulmões, podendo também ocorrer em outras partes do corpo, como ossos e rins.
Tosse por mais de três semanas, acompanhada ou não de febre no final do dia, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço ou dor no peito, são sinais de alerta para a tuberculose.
Pessoas que apresentem esses sintomas devem buscar a unidade de saúde o quanto antes. No período da campanha, que vai até o próximo dia 11, os pacientes que apresentarem sintomas indicados, poderão procurar, também, os Prontos Atendimentos do Ipiranguinha e da Maranduba ou o Pronto Socorro da Santa Casa para efetuar a coleta do escarro e a realização do exame. Os resultados saem em curto prazo e permitem iniciar o tratamento rapidamente.
O médico infectologista Fernando Bergel alertou sobre a necessidade da busca pelo atendimento. “Diminuir a incidência da doença só é possível com a identificação dos doentes o mais rápido possível e com o início imediato do tratamento correto”.
Ao ser diagnosticado, o paciente deve iniciar o tratamento e mantê-lo por um período mínimo de seis meses, tomando os devidos cuidados diariamente, sem interrupção, mesmo que os sintomas tenham desaparecido.
Transmissão – A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa pelo ar. Em casos de infecção do pulmão (mais frequente e também a mais relevante para a saúde pública de acordo com o Ministério da Saúde), espirros, tosses ou até a fala podem espalhar as bactérias –aspiradas por outra pessoa.
A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas que vivem com o HIV (vírus responsável pela infecção da Aids), especialmente entre aquelas com comprometimento imunológico.
A doença não é transmitida ao compartilhar talheres, copos, toalhas, por uso de banheiros nem por contato físico (beijos e abraços).
A vacina BCG, recomendada para menores de um ano, protege contra formas mais graves da doença. Além do tratamento médico, a luz solar é considerada benéfica na luta contra o “Mycobacterium tuberculosis” ou “bacilo de Koch”, bactérias sensíveis a luz natural e à ventilação as dispersa.
