Ubatuba alerta contra esporotricose após dois casos

Gatos são maiores atingidos por doença que também afeta seres humanos (Foto: Reprodução)

Bruna Castro
Ubatuba

Após o anúncio do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica), que alertava sobre o aumento de casos de esporotricose, a cidade de Ubatuba, que até o momento tem dois casos confirmados, iniciará programas para a prevenção e os cuidados a respeito da doença, e criará um protocolo para mapear novas suspeitas da doença.

A esporotricose é um tipo de micose subcutânea que se manifesta tanto em animais como em seres humanos. O fungo Sporothrix é o responsável pela transmissão da doença, que pode infectar a pele por meio de machucados e ferimentos.

A micose também pode ser transmitida de maneira direta através de pequenos traumas durante jardinagem, floricultura e plantio de hortaliça através de terra, espinhos e farpas contaminadas com fungos e por traumas realizadas por gatos contaminados (arranhões e mordidas). “Os gatos têm uma participação muito importante na epidemiologia da doença, diretamente na transmissão e propagação, devido os animais não serem castrados e com acesso direto a rua”, explicou o veterinário Luiz Gustavo Nunes. Ainda de acordo com Nunes, durante o acasalamento os animais podem sofrer pequenos ferimentos decorrentes de brigas, e assim adquirir a doença, que se não tratada pode ser transmitida aos donos.

Os principais sintomas da esporotricose se assemelham à uma picada de inseto e podem piorar se não houver o tratamento adequado. Em outras ocorrências mais graves, o fungo pode atingir órgãos internos como pulmões, ocasionando falta de ar, febre, tosse ou até mesmo as articulações, dificultando a locomoção e os movimentos.

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, e o tratamento pode ser realizado por meio de acompanhamento médico e antifúngicos, que chega a levar de três meses a um ano, de acordo com a gravidade da doença.

No caso de animais domésticos, o recomendado é não deixar o animal sair de casa e levá-lo ao veterinário ou no centro de zoonoses para análise.

 

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