Operação militar libera transito de caminhões na Dutra

Exército e PRF colocam 1800 homens nas estradas do Vale do Paraíba em ação realizada nesta quarta-feira

Caminhões passam pela rodovia Presidente Dutra em meio à operação militar para liberar estradas (Foto: Francisco Assis)
Caminhões passam pela rodovia Presidente Dutra em meio à operação militar para liberar estradas nesta quarta (Foto: Francisco Assis)

Da Redação
Região

A operação iniciada na manhã desta quarta-feira (30), por volta das 5h, já obteve resultados nas estradas da região. De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) foram liberados todos os pontos em que ainda haviam manifestação às margens da rodovia Presidente Dutra contra os preços dos combustíveis no país.

O trabalho, que conta com 1800 homens do Exército e da PRF valeparaibanos, conseguiu a liberação total das vias com cerca de seis horas de ação. De acordo com a concessionária CCR NovaDutra, que administra a rodovia, os pontos que contavam ainda com manifestações tinham poucos veículos. Entre os trechos, o Km 52, em Lorena. Mas com a ação, os caminhões voltaram a circular em todo o trecho do Vale, sem interrupções.

“Não houve conflito. A operação tem o objetivo de liberar quem não está mais aderindo ao movimento, mas não estavam rodando com medo de represálias. A greve não pode ser um instrumento de coação. Nosso objetivo é que tudo volte à normalidade, depois deste desabastecimento nos postos, supermercados, postos de saúde”, destacou o inspetor da PRF, Marcílio Marinho.

Soldado do Exército observa movimento na Via Dutra, durante ação nesta quarta-feira (Foto: Francisco Assis)
Soldado do Exército observa movimento na Dutra, durante ação nesta quarta-feira (Foto: Francisco Assis)

O caminhoneiro Isaias Rodrigues se apresentou como líder do movimento no trecho de Lorena e disse que a ação do Exército já era esperado. “Eles até demoraram, mas sabemos que isso tudo é política. Amanhã é feriado e acabou o combustível, mas nós nunca seguramos um caminhão de combustível aqui, porque não somos loucos porque aquilo explode. Deixaram acabar o combustível e o povo caiu na armadilha, foi enganado. Hoje todos vão encher o tanque e vão curtir o feriado. Para nós isso não está bom. Vamos continuar aqui, porque não é justo”.

Rodrigues garantiu que o grupo, não fez coro ao pedido de intervenção militar, divulgado nos últimos dias. “Não fomos nós que pedimos. Isso é política. Estamos aguardando a resposta dos nossos representantes, que não são sindicalistas. Não tem sindicato, não tem associação, o que tem é trabalhador que não foi ouvido até agora”.

Foram dez dias de paralisação. Além de Lorena, outras cidades da região, como Pindamonhangaba, Caçapava, São José dos Campos e Jacareí, tiveram pontos de manifestações. A Via Dutra chegou a registrar 12 trechos de protestos.

De acordo com o Exército, as ações de segurança seguem nas rodovias até segunda-feira (4).

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