Onda de mortes por Covid-19 gera preocupação em Ubatuba

Município registra quatro óbitos em seis dias; número de contaminados ultrapassa dois mil

Um dos leitos para pacientes da Covid-19, montado no hospital de campanha; número de mortes preocupa (Foto: Reprodução PMU)

Lucas Barbosa
Ubatuba

Ubatuba registrou no fim de novembro quatro novas mortes causadas pelo novo coronavírus (Covid-19) em um período de apenas seis dias. Com os novos registros, a cidade atingiu a preocupante marca de 44 óbitos motivados pela pandemia.

De acordo com a secretaria de Saúde de Ubatuba, a onda de mortes ocorreu entre os últimos dias 19 e 25. Na primeira data, dois homens, que tinham 59 e 61 anos e sofriam de comorbidades, não resistiram às complicações causadas pela doença, falecendo na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da Santa Casa.

Já no último dia 24, foi a vez de um homem de 58 anos tornar-se vítima fatal da Covid-19. Morador da região central do município, o paciente, portador de doenças crônicas, faleceu na UTI do Hospital Regional do Litoral Norte, que fica em Caraguatatuba.

No dia seguinte, uma idosa de 63 anos, que sofria também de comorbidades, não resistiu ao novo coronavírus na Santa Casa.

As mortes geraram preocupação nas famílias da cidade litorânea, que não registrava óbitos motivados pela pandemia desde 4 de outubro.

Segundo o boletim epidemiológico da secretaria de Saúde, até o início da tarde desta terça-feira (1), Ubatuba contabiliza 2.139 infectados, sendo 44 óbitos, 2.054 curados e 11 internados.

Apesar da onda de mortes na última semana na cidade praiana, a expectativa das autoridades de Saúde é que a situação se torna mais amena até o fim de dezembro devido ao retrocesso da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) à fase amarela do Plano São Paulo. Anunciada pelo governador, João Doria (PSDB), na última segunda-feira (30), a medida restringe o funcionamento do comércio e de outras atividades econômicas, buscando conter o contágio da Covid-19.

Com o retrocesso, eventos com público em pé passam a ser proibidos. A ocupação máxima de shoppings centers, galerias, comércio, serviços, restaurantes, bares, salões, barbearias, academias de esporte de todas as modalidades e centros de ginástica passam de 60% para 40% da capacidade e o horário de funcionamento cai de 12 horas para 10 horas por dia.

O governador ressaltou ainda que o tempo de análise de dados deixará de ser a cada 28 dias e passará a 7 dias. A próxima reclassificação ordinária está agendada para ocorrer no dia 4 de janeiro.

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