Lavrinhas entra para grupo com título de Município de Interesse Turístico

À espera de verbas, cidade projeta trabalhos para o setor; sancionada, nomeação atende estratégia após Plano Diretor

O Prefeito de Lavrinhas (à direita) durante apresentação de projeto para transformar a cidade em Município de Interesse Turístico.
O Prefeito de Lavrinhas (à dir.) durante apresentação de projeto para transformar a cidade em MIT. (Foto: Reprodução PML)

Caroline Meyer
Lavrinhas

Desde 2017, as cidades da região estão em busca do título de MIT (Município de Interesse Turístico). A mais recente a ser nomeada foi Lavrinhas, que teve seu pedido aprovado pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), no último dia 5.

O título garante um repasse estadual de R$ 600 mil para cidades categorizadas nesse quesito. As verbas devem ser investidas no turismo. A aprovação das cidades definidas como MIT foram iniciadas no ano passado, quando o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aprovou um pacote com vinte cidades que passaram a ser MIT. Além de Lavrinhas, outros 42 municípios também integraram a categoria, totalizando os 140 anunciados nessa condição.

O processo para a obtenção da nomenclatura foi iniciado na cidade há três anos, quando foi elaborado seu primeiro Plano Diretor de Turismo, um dos itens cobrados pelo Estado. O documento foi encaminhado ao Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos), que o aprovou em dezembro de 2017. Após o aval da entidade, o plano passou por uma nova avaliação técnica até ser autorizado pela Alesp.

O prefeito de Lavrinhas, Dr. Sergio Ruggeri (PTB), exaltou a importância da conquista e destacou os planos da administração para a aplicação da verba. “Lavrinhas é uma cidade turística há muitos anos, só não foi reconhecida. Hoje, virão R$ 600 mil anuais para que a gente possa investir no turismo. Existe um cronograma de projetos que farão com que Lavrinhas dê um passo grande a frente de muitas cidades”, exaltou. “É importante que os projetos estejam em andamento, para que quando recebermos o dinheiro, seja continuado”.

De acordo com o secretário de Turismo e Cultura, André Barreiros, o Plano Diretor destacou os potenciais turísticos da cidade como o Pico do Jacu (pedra natural projetada), Pico Agudo, Alto do Capim Amarelo, a antiga estação de trem e a igreja São Francisco de Paula, em Pinheiros, local onde os primeiros vilarejos surgiram. A sua proximidade com a Serra da Mantiqueira e a presença de rios com águas cristalinas também foi destacada nos mirantes naturais e na Fonte Mirifica. A análise aponta ainda os locais que podem ser explorados, como o turismo náutico, montanhismo, arvorismo e ecoturismo. Todos esses pontos contaram com o auxílio de entidades que ajudaram na elaboração do documento enviado ao Governo do Estado.
As localidades naturais foram definidas junto ao Comtur (Conselho Municipal de Turismo) como sinalização turística, enquanto os de caráter histórico são de responsabilidade do Infotur.

Após o título de MIT, o secretário explicou como os investimentos serão aplicados em Lavrinhas. “Os projetos são desenvolvidos pela secretaria de Obras e Planejamento junto com a secretária de Turismo e Cultura, de acordo com as necessidades apontadas pelo Comtur. Após a aprovação, as ações prioritárias são encaminhadas ao COC (Conselho de Orientação e Controle) e ao Cpos (Consultoria e Gestão de Convênios), em São Paulo, que já realiza os orçamentos e libera a verba conforme o andamento das obras”, detalhou Barreiros, que mencionou ainda que os valores são definidos com base em três fontes diferentes, de modo que o total estimado não ultrapasse o valor do convênio.

Na região, Cruzeiro conquistou o título em 2017. Queluz e Cachoeira Paulista conseguiram a aprovação no ano seguinte. Além dessas cidades, outras localidades seguem na busca pela condição, como Lorena, Pindamonhangaba e Potim.

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