Apesar de queda, comércio da região é o menos afetado pela crise no Estado

Região contabiliza diminuição nas vendas em 6,3%; comerciantes buscam alternativas

O comércio de Lorena segue como carro-chefe na economia do município; setor tenta se recuperar (Foto:
O comércio de Lorena segue como carro-chefe na economia do município; setor tenta se recuperar (Foto:

Lucas Barbosa
Região

Um levantamento divulgado pela Associação Comercial de São Paulo, na última segunda-feira, apontou que o volume de vendas de maio no comércio varejista do Vale do Paraíba caiu 6,3%, comparado com o mesmo período ano passado. Mesmo com a retração, o Vale do Paraíba registrou a menor queda do Estado.

Em meio à crise econômica que assola o País, o comércio é um dos setores que mais vem acumulando baixas.

De acordo com um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, houve uma queda de 9 % no volume de vendas do comércio varejista brasileiro. O comparativo é referente aos números de maio deste ano com o mesmo mês de 2015. Neste período também ocorreram 227 mil demissões de comerciários.

Já o Vale do Paraíba, de acordo com levantamento da Associação Comercial de São Paulo, registrou uma queda de 6,3% do mesmo período, ficando 2,7% abaixo da média nacional.

Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, os resultados negativos obtidos no primeiro semestre do ano são reflexos do crescimento do desemprego e do valor do crédito.

De acordo com o comerciante Daniel Nogueira, proprietário de uma loja de calçados em Lorena, o atual momento é de preocupação para a categoria. “No primeiro semestre do ano tivemos uma queda de quase 30%, comparado com 2015. Estamos buscando alternativas para atrair os clientes, como o aumento do número de parcelas no cartão de crédito. Estamos preocupados, mas sabemos que para as vendas melhorarem não depende exclusivamente dos atrativos comerciais, mas também da situação econômica do País”.

Associações – De acordo com o presidente da Acial (Associação Comercial Industrial de Lorena), Sergio Rocha, nos primeiros sete meses do ano o comércio varejista do município não vem registrando grandes baixas comparado ao mesmo período de 2015. “O aumento do desemprego é um fator determinante na queda do volume de vendas no País. Nas maiores cidades do Vale, diversas empresas demitiram em massa, o que acabou afetando o poder de compra dos consumidores. Em Lorena, que não conta com empresas que demitiram um número exorbitante de funcionários, o comércio acabou não sendo afetado por este fator”, explicou.

Rocha revelou ainda que o comércio de Lorena não vem registrando aumento no número de devedores.

“Consultando os dados do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), o primeiro semestre de 2016 está equiparado com o do ano passado. Creio que Lorena está vivendo um momento muito melhor em relação às demais cidades do Estado, e até mesmo da região”, finalizou.

O Jornal Atos entrou em contato com a ACC (Associação Comercial de Cruzeiro) e Aceg (Associação Comercial e Empresarial de Guaratinguetá), mas até o fechamento desta edição, nenhuma resposta foi encaminhada.

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