Apenas quatro cidades da RMVale ficam de fora de consórcio para compra de vacinas contra a Covid-19

Ação da FNP tenta agilizar ampliação de imunizantes na campanha contra o novo coronavírus, sem custo às prefeituras

Prefeito de Cruzeiro mostra ampola da Coronavac; cidade é umas das que assinaram consórcio para aquisição de vacinas (Foto: Reprodução PMC)

Marcelo Augusto dos Santos
RMVale

O prazo para as cidades ingressarem ao consórcio da FNP (Frente Nacional de Prefeitos) para compra de vacinas contra a Covid-19 foi encerrado nesta sexta-feira (5). Na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), 36 dos 39 municípios aderiram ao movimento.

A iniciativa foi lançada na última segunda-feira (1), em uma reunião que contou com cerca de trezentos prefeitos, membros da FNP. Ao todo, o grupo reúne as 412 cidades com mais de oitenta mil habitantes, mas a proposta não impede cidades menores de participarem do consórcio público para aquisição dos imunizantes.

Os municípios não terão nenhum custo para a adesão ao consórcio, mas de acordo com FNP, os recursos para compra de vacinas poderão ser disponibilizados de três formas: por meio dos municípios consorciados, de aporte de recursos federais e de eventuais doações nacionais e internacionais.

Até o final da tarde desta sexta-feira, as cidades de Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal,  Caçapava, Cachoeira Paulista, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, Cunha, Guaratinguetá, Igaratá, Jacareí,  Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, Potim,  Queluz,  Redenção da Serra, Roseira, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luiz do Paraitinga, Silveiras, Taubaté, Tremembé e Ubatuba. Até o fechamento desta matéria as cidades de Santa Branca, Campos do Jordão, São Sebastião e Ilhabela não informaram se iriam participar do consórcio.

Uma das primeiras cidades da região a participar do movimento foi Guaratinguetá. Em entrevista ao programa Atos na Rádio da última quarta-feira (3), o prefeito Marcus Soliva (PSC) contou que a iniciativa visa ter o acesso mais rápido aos imunizantes. “Somos 220 milhões de habitantes no Brasil e precisamos de 440 milhões de doses, então não são 50 milhões de doses que vão resolver. Nós precisamos vacinar toda a população e para isso é necessário que os municípios também atuem em busca de vacinas”, salientou.

As ações pela vacinação em massa no país seguem com a necessidade de ampliar o arsenal de imunizantes. Atualmente, o mundo conta com dez vacinas aprovadas e disponibilizadas. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a fabricação e aplicação de apenas duas linhas: a Coronavac, fabricada em parceria entre o laboratório chines Sinovac e o Butantã, e a vacina Oxford/AstraZeneca. O governo federal anunciou, na última semana, a compra de doses da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat/Biotech, que ainda não tem liberação do órgão nacional. O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) também avalia a compra de vacinas contra a Covid-19 dos laboratórios Pfizer e Janssen.

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