Em alerta para epidemia, Ubatuba registra cinco casos de dengue

Número é quase a metade dos casos de 2018; cidade tem 33 casos suspeitos

Lucas Barbosa

Ubatuba

Trabalho de vistoria acompanhado por morador. (Foto: Divulgação PMU)
Trabalho de vistoria acompanhado por morador. (Foto: Divulgação PMU)

Para a preocupação das famílias de Ubatuba, a Vigilância de Saúde anunciou na última segunda-feira a confirmação de cinco casos de dengue no município. O número representa 45% do total de registros do ano passado, que foi de 11 contaminados.

De acordo com a Vigilância da Saúde, enquanto quatro dos casos são autóctones (contraídos na cidade), um é importado (contraído em outro município) do estado do Tocantins.

Os registros autóctones envolvem duas crianças, sendo uma menina de quatro anos, moradora do Taquaral, e um garoto de 13 anos que reside no Ipiranguinha.

Já as outras duas vítimas do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, são um morador de 31 anos do Itaguá e uma moradora de 53 anos do Enseada.

O número de casos confirmados poderá subir até o fim do mês, já que a Prefeitura aguarda o resultado de outros 33 exames suspeitos.

Com o índice preocupante, a diretora da Vigilância da Saúde, Patrícia Sanches, revelou a principal hipótese para alta ocorrência de registros logo no início de 2019. “Acreditamos que ao contrário dos anos anteriores os moradores foram infectados pelo ‘tipo 2’ do vírus da dengue. Nossa população é totalmente suscetível a ele. Já enviamos as amostras ao Instituto Adolfo Lutz, e estamos aguardando a confirmação se realmente se trata deste novo tipo do vírus”.

Patrícia explicou ainda que para conter o avanço da doença, a Prefeitura intensificou as ações de conscientização e de combate a possíveis criadouros do mosquito. “Constantemente realizamos nebulizações, vistorias em imóveis e panfletagens de materiais de conscientização. Na última semana, oferecemos um treinamento sobre o manejo clínico do fluxo da dengue aos médicos e enfermeiros de toda a rede de saúde. Contamos com a colaboração da população para que possamos evitar uma epidemia”.

As ações da Vigilância da Saúde buscam evitar que a cidade enfrente um surto da doença como a de 2007, que resultou em uma morte e quase 1,5 mil infectados. Na ocasião, uma moradora de 37 anos morreu, após contrair dengue hemorrágica.

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