Conta de água fica 6,54% mais cara em Cruzeiro
Prefeito assina decreto reajustando tarifa de serviço; nova tarifa passa a ser cobrada a partir de março
Da Redação
Cruzeiro
Os moradores de Cruzeiro terão uma surpresa negativa no bolso a partir de março, quando começará a ser cobrado o novo valor da tarifa de água no município. O prefeito Thales Gabriel (SD) assinou decreto autorizando o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) a reajustar a tarifa de água em 6,54%.
Um grupo de moradores se posicionou contrário ao reajuste, alegando precariedade do serviço prestado pela autarquia, principalmente quando se refere as obras mal acabadas, que tem deixado várias ruas com buracos.
Além disso, bairros em Cruzeiro foram prejudicados ao longo dos últimos anos com constante falta d’água, entre os quais a Lagoa Dourada, onde a administração anterior inaugurou no fim do ano um novo reservatório com a promessa de resolver o problema.
O diretor do Saae de Cruzeiro, Manoel Amorim confirmou, em entrevista à Rádio Aparecida, o aumento do preço da água. “Sim, houve um reajuste que valerá a partir do mês que vem, como sempre foi nesse período”.
Ele justificou que o índice seguiu a inflação do período. “Temos que realizar o aumento dentro daquilo que é autorizado pela legislação. E nossa previsão é de que no ano que vem tenhamos um novo reajuste, sempre acompanhando o índice nacional da inflação durante o período”.
Amorim garantiu que em Cruzeiro não existe mais problemas de falta de água, e que em anos anteriores a crise no abastecimento havia se dado principalmente pela escassez de água. “Em termos de abastecimento eu creio que foi esporádico aquele racionamento, então está tudo normalizado, não temos nada previsto para esse ano e o nosso reservatório está bem cheio”.
De acordo com o diretor da autarquia, o reajuste poderá ser utilizado também para que a cidade inicie a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto.
Moradores questionaram pelas redes sociais a legalidade do reajuste por decreto do Executivo, sem ao menos ter passado por uma avaliação dos vereadores.
De acordo com o procurador da Câmara, Severino Biondi, quando se trata de reposição da inflação não existe a necessidade de discussão por parte do Legislativo. Nenhum projeto passou pela Casa justamente porque o aumento não foi real, podendo ter sido feito desta maneira pela administração pública.
