Vigilância Sanitária de Pinda interdita laboratório da ABBC no Pronto Socorro

Local não possui licença de funcionamento; organização contratada há um mês vira alvo de críticas

A Santa Casa de Pindamonhangaba; nova contratada para gerenciar atendimento já é alvo de questionamentos após um mês de contrato (Foto: Arquivo Atos)
A Santa Casa de Pindamonhangaba; nova contratada para gerenciar atendimento já é alvo de questionamentos após um mês de contrato (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Após uma denúncia anônima, a Vigilância Sanitária de Pindamonhangaba interditou na última sexta-feira um laboratório irregular que prestava serviço à ABBC (Associação Brasileira de Beneficência Comunitária) no Pronto Socorro. O fato acabou gerando críticas à postura da organização social, que administra o local há menos de um mês.

Mensalmente recebendo um investimento municipal de mais R$ 1,5 milhão, a ABBC assumiu a gestão do Pronto Socorro no último dia 6. A empresa foi contratada após o prefeito Isael Domingues (PR) decidir pela saída da Santa Casa de Misericórdia no início de abril.

Na ocasião, o chefe do Executivo justificou sua decisão, apontando que o novo contrato, que possui seis meses de duração, geraria uma economia mensal de R$121 mil, comparado ao valor anterior. Além disso, caberá à organização social realizar as obras de reparos no prédio.

Outro fato que acabou desgastando ainda mais a relação entre Prefeitura e Santa Casa foi a denúncia de acusação de negligência no atendimento de Natacha de Souza, de quatro anos, que morreu por pneumonia, em 5 de abril.

Mesmo após duas semanas de calmaria inicial, a ABBC passou a ter o seu trabalho contestado na última semana.
O blog ‘Walter Magui em Foco” publicou no último sábado a informação de que os agentes da Vigilância Sanitária lacraram, no último dia 18, um auto de infração contra a ABBC, após confirmarem a denúncia de que no Pronto Socorro estava funcionando um laboratório de forma irregular.

No dia seguinte, depois de nova denúncia, a fiscalização flagrou novamente o local funcionando, assim decidindo pela sua interdição.

Resposta – Em nota oficial, a Prefeitura explicou que a fiscalização sanitária fez uma inspeção ao suposto laboratório que prestava serviço à ABBC e solicitou a devida licença de funcionamento cedida pelo Departamento Sanitário. Com a ausência de documentação foi lavrado o auto de infração com pena de paralisação imediata das atividades.

Com os problemas identificados, a direção da instituição foi orientada a terceirizar os serviços laboratoriais com uma empresa licenciada, para evitar prejuízo aos pacientes que procurarem os serviços hospitalares.

O Jornal Atos encaminhou uma solicitação de resposta à ABBC, mas ela não foi respondida até o fechamento desta edição.

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