Sem verbas, entidades pedem apoio da população de Pinda

São Gabriel reduz atendimento e Apamex paralisa por completo; instituições de caridade pedem doações

Fachada da Associação Criança Feliz do são Gabriel, que busca apoio após ficar de fora da lista de entidades beneficiadas pela prefeitura (Foto: Reprodução)
Fachada da Associação Criança Feliz do são Gabriel, que busca apoio após ficar de fora da lista de entidades beneficiadas pela prefeitura (Foto: Reprodução)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Mais de duas semanas após a autorização legislativa para a transferência de recursos para 16 entidades assistenciais de Pindamonhangaba, as instituições que ficaram fora da lista pedem o apoio da população para conseguirem manter suas atividades. Sem a garantia dos repasses, as associações lutam para se adequar à nova realidade.

No último dia 11, a Câmara aprovou o projeto do Executivo que garantiu que, a partir de agosto, 16 instituições voltem a contar com o recebimento de repasses municipais, estaduais e federais. As entidades estavam desde o início do ano sem receberem as verbas, já que o Município demorou a se adequar às novas regras do Marco Regulatório do Terceiro Setor, que regulamenta a transferência de recursos públicos às instituições e que vigora desde janeiro.

De acordo com a Prefeitura, as entidades foram escolhidas porque “prestam serviços de alta e média complexidade que abrangem o maior número de usuários”. O Executivo ressaltou ainda que a seleção foi realizada de modo excepcional e que todas as instituições poderão receber recursos a partir de chamamento em critério de igualdade, que será realizado até o fim do ano.

Uma das entidades que ficaram de fora da lista das contempladas foi a Associação Criança Feliz do São Gabriel, que trabalha na reestruturação de famílias.

A instituição oferece acompanhamento odontológico, oftalmológico, pedagógico, psicológico, pediátrico e pedagógico gratuito à trinta famílias.

De acordo com a presidente da Associação, Neila Moraes, nos últimos anos a entidade contava com uma verba municipal de cerca de R$ 47 mil.

Após ser informada que a São Gabriel não estava inclusa na lista das entidades selecionadas, a voluntária fez um apelo à população. “Já que o prefeito Isael Domingues (PR) não reconheceu o valor do nosso trabalho, precisaremos muito da ajuda do povo. Ele pode contribuir de todas as formas, desde alimentos até com roupas, que serão doadas as famílias carentes que assistimos”.

A presidente explicou quais medidas serão tomadas para que a entidade consiga enfrentar o delicado momento financeiro. “Já que a maioria das famílias que atendemos é encaminhada pela Prefeitura, explicaremos ao Executivo que não temos mais condições de absorver esta demanda. Infelizmente, esta atitude lamentável da Prefeitura acabará atrapalhando muito o nosso trabalho”.

Outra entidade que ficou fora da lista foi a Apamex (Associação Pindamonhangabaense de Amor Exigente), que busca manter crianças e jovens carentes longe do mundo das drogas. Há mais de 12 anos presente no munícipio, a instituição também colabora com famílias que possuem dependentes químicos.

Além de revelar que a entidade recebia anualmente um repasse municipal de R$ 52 mil, o presidente, Fernando Antunes, demonstrou sua indignação com a decisão do Executivo. “Fomos injustiçados pela Prefeitura e até agora não entendemos o critério que eles usaram. Infelizmente, tivemos que paralisar o atendimento que prestávamos há quase cinquenta crianças. Recorremos a Defensoria Pública para que esta decisão seja revertida”.

Antunes descreveu ainda a importância do apoio da população para a retomada do projeto. “Precisamos que os moradores contribuam com doações financeiras, pois temos que arcar com a contratação dos psicólogos e demais profissionais que atendem os nossos assistidos”.

Apoio – Os interessados em realizarem doações para as duas entidades citadas na matéria podem entrar em contato através dos telefones (12) 99119-5609 (Apamex) e o (12) 3648-5293 (Associação Criança Feliz do São Gabriel).

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