Plano de ações espanta epidemia de dengue em Pinda

Cidade obtêm redução em Avaliação de Densidade Larvária; 27 pessoas atingidas pela doença no ano

Agente de vetores em vistoria a residências de Pinda; Lorena e Guará seguem em estado de alerta (Foto: Marcos Cuba)
Trabalho de combate ao mosquito da dengue; ações em Pinda conseguiram reduzir índices da ADL, em 2018 (Foto: Marcos Cuba)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Após registrar preocupantes índices de ADL (Avaliação de Densidade Larvária) no primeiro quadrimestre do ano, Pindamonhangaba conseguiu no último mês afastar o risco de uma epidemia de dengue. Divulgado na última semana, o levantamento revelou uma queda de 88% na quantidade de larvas do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, encontradas nos imóveis do município.

Na primeira ADL do ano, realizada em janeiro, Pindamonhangaba atingiu a alarmante marca de 6.5 pontos, representando que foram encontradas mais de seis larvas do mosquito em cem moradias vistoriadas. O indicador revelou que a cidade corria o risco de sofrer um surto de dengue durante ano. Preocupada, a Prefeitura intensificou as campanhas de conscientização e o trabalho de fiscalização nos imóveis.

As medidas surtiram efeito, já que a ADL seguinte, divulgada em abril, apontou uma redução de 4.8 pontos, comparada a anterior, chegando a 1.7. O índice, que classificou o município como em estado de atenção, ficou apenas 0.2 abaixo da taxa considerada como de risco de epidemia da doença, que é de 1.5.

Já na última segunda-feira, o Executivo revelou que a ADL realizada em julho registrou apenas 0.2. De acordo com a classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde), Pindamonhangaba está em ‘situação tolerável’.

O diretor da Vigilância Epidemiológica e do departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde, Rafael Lamana, comemorou a queda do indicador. “Esta redução é fruto de um trabalho incansável da nossa equipe, e também da conscientização da população. Além das vistorias aos imóveis, durante o ano promovemos diversas peças infantis de teatro sobre a dengue. Certamente essa ação contribuiu para que as crianças lembrassem os pais sobre a necessidade da eliminação dos criadouros do mosquito nos lares”.

Além de explicar que a próxima ADL ocorrerá em outubro, o diretor revelou que o município contabilizou uma queda de 10% nos casos de dengue nos primeiros sete meses do ano, comparado ao mesmo período de 2017. “O número de ocorrências caiu de 30 para 27. Apesar desta redução e do índice da ADL, a população tem que estar ciente que deverá continuar atenta para evitar que o número cresça durante os próximos meses, já que o calor aumenta as chances de proliferação do mosquito”.

Com a manutenção das ações de combate ao Aedes aegypti, Pindamonhangaba tem a expectativa de fechar 2018 com menos casos do que no ano anterior, quando foram registrados 39. O resultado de 2017 acabou com uma sequência de três anos consecutivos de epidemia da doença, tendo em 2014 a situação mais grave, superando mais três mil infectados.

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