Pinda reajusta tarifa do transporte público e serviço vira alvo de críticas

Passageiros questionam medida; Viva Pinda revela que renovará 15% da frota em contrapartida

Ônibus da empresa Viva Pinda em ponto de embarque no Centro; aumento de tarifa gerou discórdia entre usuários do transporte público (Foto: Arquivo Atos)
Ônibus da empresa Viva Pinda em ponto de embarque no Centro; aumento de tarifa gerou discórdia entre usuários do transporte público (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

A Prefeitura de Pindamonhangaba anunciou na tarde da última quinta-feira o reajuste de 11% na tarifa do transporte público, representado um aumento de R$ 0,40. A medida, que entrará em vigor no próximo dia 10, gerou descontentamento pelas ruas.

Morador do Jardim Eloina, o representante comercial Luís Fernando Diniz, 37 anos, utiliza diariamente o transporte público para visitar seus clientes.

A notícia que o valor da tarifa subirá de R$3,50 para R$ 3,90 o revoltou, já que de acordo com suas contas isto representará um aumento de quase R$ 90 em sua despesa mensal. “É um absurdo eles aumentarem em mais de 10% o preço da passagem. Todo mundo enfrentando uma crise econômica pesada e eles decidem reajustar bem nesse momento. Faltou bom senso para a Prefeitura e para a empresa de ônibus Viva Pinda”.

Diniz criticou ainda a falta de uma consulta aos usuários antes da decisão. “Não vi em nenhum momento alguém vindo pedir a nossa opinião. Acho que isso seria o mínimo que eles poderiam fazer antes de tomar essa atitude, que vai prejudicar centenas de pessoas”.

Em nota oficial, a Prefeitura informou que “o valor ficou bem abaixo do pedido da empresa concessionária (Viva Pinda), que queria elevar a tarifa para R$ 4,60”. A nota ressaltou que o valor da tarifa se mantém abaixo das outras cidades da região, como Caçapava, Jacareí e São José dos Campos, que realizaram reajuste este ano.

Já a empresa Viva Pinda, anunciou que em contrapartida ao reajuste ocorrerá a renovação de 15% da frota.

A concessionária conta com 42 veículos distribuídos em 14 linhas, que atendem aproximadamente 19 mil usuários.

Para o garçom Leandro Conceição, 31 anos, não existe sentido para o reajuste. “Do que adianta eu pagar mais se vou continuar sendo levado pelo mesmo ônibus e nos mesmos horários? Está todo mundo revoltado com essa palhaçada. Infelizmente, o brasileiro nunca é respeitado”, lamentou.

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