MST invade fazenda estadual em Pinda

Manifestantes cobram doação de área às margens da Via Dutra; de acordo com movimento, sessenta famílias estão assentadas

Trabalhadores sem-terra em acampamento às margens da Via Dutra; grupo quer uso de área da Apta (Foto: Reprodução MST)
Trabalhadores sem-terra em acampamento às margens da Via Dutra; grupo quer uso de área da Apta (Foto: Reprodução MST)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Sessenta famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam uma fazenda, de propriedade do Governo do Estado, na manhã desta segunda-feira em Pindamonhangaba. Os manifestantes cobram que a área seja transformada em um assentamento agroecológico.

A propriedade do polo regional da Apta (Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio), às margens da rodovia Presidente Dutra, foi invadida por volta das 5h.

De acordo com o MST, cerca de 350 dos 1.425 mil hectares da fazenda seriam de terras improdutivas, o que justificaria a sua doação para as famílias, que ficariam responsáveis por plantarem alimentos e construírem uma escola no local. Os manifestantes alegam ainda que parte da área foi colocada à venda pelo Estado em uma lista de terrenos no fim de 2016.

Outro ponto levantado pelos invasores é de que a iniciativa é um protesto contra a atitude do Estado em vender propriedades, ao invés de destiná-las para a reforma agrária.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que realiza patrulhamentos na rodovia, ao lado da fazenda. A corporação não informou se houve algum incidente ou prisão ocasionada pela ocupação.

A reportagem do Jornal Atos entrou em contato com a Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio, mas foi informada que no momento não se pronunciará sobre o caso.

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