MST desocupa fazenda estadual em Pinda

Famílias deixam área um dia antes de prazo limite estipulado; local foi invadido no último dia 21

Área ocupada na última semana por membros do Movimento dos Sem Terra, na entrada de Pinda; ordem judicial liberou terreno nesta sexta (Foto: Reprodução)
Área ocupada na última semana por membros do Movimento dos Sem Terra, na entrada de Pinda; ordem judicial liberou terreno nesta sexta (Foto: Reprodução)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Após 11 dias de ocupação, cerca de sessenta famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) deixaram a fazenda do governo estadual na noite da última quinta-feira, em Pindamonhangaba. Os manifestantes cobravam a transformação da área em um assentamento agroecológico.

Localizado às margens da rodovia Presidente Dutra, o terreno de 1.425 hectares é de propriedade do polo regional da Apta (Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio), responsável por coordenar atividades de ciência e tecnologia voltadas ao agronegócio.

O local foi invadido, no último dia 21 pelo MST, que denunciava que 350 hectares são de terras improdutivas, o que possibilitaria a sua doação. Os assentados ressaltaram que parte do terreno foi colocado à venda pelo Estado, em uma lista de áreas no fim do ano passado.

Para retomar a área, o Governo do Estado entrou na Justiça contra o movimento de ocupação. Na última segunda-feira uma decisão judicial determinou que os assentados deixassem a fazenda até sexta-feira, mas os manifestastes decidiram sair um dia antes.

Em nota oficial, o MST afirmou que repudia a tentativa do Judiciário em criminalizar movimentos sociais e que continuará buscando a reversão da privatização das terras públicas ociosas para fins da reforma agrária.

A reportagem do Jornal Atos tentou entrar em contato com a Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio, mas nenhum responsável foi localizado para comentar o caso.

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