Gerdau suspende 200 operários para impedir demissões em Pinda

Sindicato consegue acordo que garante estabilidade de empregos na empresa até janeiro; layoff dura cinco meses

Greve Gerdau Pinda (2)
(Foto: Arquivo Atos)

Ana Camila Campos

Francisco Assis

Pindamonhangaba

Mais uma empresa da região conseguiu acordo para implantar um sistema para impedir novas demissões. A Gerdau anunciou nesta quinta-feira (10) que duzentos funcionários terão o contrato suspensos em Pindamonhangaba.

A fabricante de laminados de aço, vai aplicar uma nova fase do sistema, conhecido como layoff, a partir de outubro. A medida faz parte da estratégia para amenizar o peso da crise econômica que tem derrubado a demanda da indústria.

No acordo entre a Gerdau e o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba ficou decidido que o segundo layoff de 2015 terá início após o retorno de setenta funcionários, que foram afastados em maio.

A expectativa é de que a primeira parte dos duzentos trabalhadores a ter o contrato suspenso seja afastada em outubro.

O Sindicato destacou que a empresa aceitou as condições para colocar o sistema em prática, que incluía a estabilidade para os trabalhadores da Gerdau até janeiro de 2016. “Conseguimos impedir demissões na empresa e isso é muito importante. Temos estabilidade até janeiro, quando voltaremos a debater a situação da Gerdau”, explicou o coordenador do Comitê dos Sindicalistas na Gerdau, André Oliveira.

De acordo com Oliveira, que trabalha como operador de máquina na empresa, apenas casos de justa causa e desligamentos por aposentadoria serão realizado até a volta dos duzentos trabalhadores no layoff, que deve atingir todos os setores da fábrica.

O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Herivelto Moraes contou ainda que foi acordado que caso a baixa na produção permaneça, uma terceira etapa de lay-off ainda poderá ser negociada.

A expectativa do sindicato é conseguir a partir de 2016 a liberação para implantar o sistema de PPE (Programa de Proteção ao Emprego) na Gerdau.

Lançado em julho pelo Governo Federal, o PPE garante a redução da carga horária em até 30%, com redução de salários em 15% (Os 15% restantes seriam custeados pela União, com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Com cerca de 1,7 mil pessoas em seu quadro, a Gerdau chegou a demitir noventa trabalhadores desde o início do ano. O layoff tem duração prevista de cinco meses.

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