Em dificuldades financeiras, entidades aguardam verbas aprovadas em Pinda

Repasse de R$ 300 mil da Prefeitura deve custear parte do atendimentos

Rafaela Lourenço
Pindamonhangaba

As entidades sociais Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e Lar São Vicente de Paulo de Pindamonhangaba foram contempladas este mês com um auxílio financeiro municipal no montante de aproximadamente R$ 300 mil. As verbas anuais são provenientes respectivamente do CMDCA (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente) e do CMI (Conselho Municipal do Idoso).
Os projetos foram aprovados por unanimidade na Câmara no último dia 21. A Apae está há 46 anos em funcionamento no município, atendendo gratuitamente deficientes intelectuais e múltiplos. Com trabalhos na área da educação, saúde e assistência social, os serviços são oferecidos para 209 assistidos entre crianças, jovens, adultos e idosos, de 0 a 63 anos.
Com esse tempo de funcionamento, o prédio já não tem o suporte ideal para desenvolver os trabalhos adequadamente. “Há necessidade de ampliação da sede, pois aquelas crianças que motivaram a construção da sede hoje são jovens, adultos e idosos que requerem espaços mais específicos e de acordo com suas necessidades físicas”, ressaltou a presidente da entidade, Giovana Amaral.
Para suprir as necessidades, a entidade não conta apenas com verbas públicas, mas com doações de empresas, do comércio local e de pessoas físicas. “Existem as verbas de sustentação básica todos os anos, cujos valores permanecem sem muita alteração e outras vindas de parceiros sensibilizados com a melhoria do atendimento dos nossos serviços”, enfatizou Giovana.
A Apae, além de contar com o repasse da Prefeitura de verbas destinadas às áreas da Educação, Saúde e Assistência Social, possui também o repasse de verba pelo Fumcad (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente) através do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) e parcerias com a Feapaes SP (Federação das Apaes do Estado de São Paulo), através da Apae Energia, captação de recursos de pessoas físicas via telemarketing local, e parcerias com empresas através de projetos pontuais e serviços.
Outra entidade atendida pelo repasse aprovado é Lar São Vicente de Paulo. Com 74 anos de serviços de convivência, lazer e saúde para os idosos, o lar tem capacidade de 55 residentes e possui 51 assistidos.
A instituição conta com uma arrecadação mensal referente aos pagamentos das famílias dos idosos, em um valor individual equivalente a 70% do salário mínimo, instituído pelo Estatuto do Idoso. Recebe também subvenções municipais, estaduais e federais, além do arrecadado com o carnê de contribuinte, ou seja, as arrecadações de pessoas físicas.
A sede necessita de ampliação, faltam fraldas geriátricas, produtos de limpeza e gêneros alimentícios em geral. “Há um projeto de reforma total da instituição, mas recebemos uma verba como repasse do Conselho Municipal do Idoso que está no planejamento da instituição de um novo local para promoção social da sede” afirmou o presidente do Lar São Vicente de Paulo, Antônio Moraes.
As fontes de renda dessas entidades nem sempre comportam as necessidades das sedes, e para auxiliar no custeamento dos gastos fixos, elas promovem bazares, bingos e eventos beneficentes para amenizar o déficit mensal.
Do valor aproximado aos R$ 300 mil, o subsídio aprovado para a Apae é de R$ 112.354,45, que será empregado de acordo com a definição após reunião da diretoria executiva. O Lar São Vicente de Paulo receberá o auxílio de R$159.119,10.
Para as verbas municipais serem repassadas para as entidades, o projeto deve ser aprovado pelo conselho municipal responsável (neste caso o CMDCA e CMI) e pela Câmara Municipal. De acordo com a prefeitura, as entidades contempladas deverão prestar conta mensalmente, e após o término do repasse, fazer uma prestação de contas total.

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