Com demanda importada na saúde, Ortiz Junior detona Isael Domingues

Prefeito de Pinda é chamado de “cara de pau”, e Taubaté ameaça entrar na Justiça

O prefeito de Taubaté Ortiz Junior (esquerda), que cobrou o “vizinho” Isael Domingos  após aumento da demanda de pacientes de Pinda (Fotos: Arquivos Atos)
O prefeito de Taubaté Ortiz Junior (esquerda), que cobrou o “vizinho” Isael Domingos após aumento da demanda de pacientes de Pinda (Fotos: Arquivos Atos)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Durante entrevista na última semana, o prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), fez uma série de críticas ao chefe do Executivo de Pindamonhangaba, Isael Domingues (PR). O taubateano chegou a classificar o vizinho de cara de pau. As queixas se concentram na gestão do setor da saúde, após as unidades de Taubaté registrarem um aumento de 45% no número de atendimentos de pacientes da cidade vizinha.

De acordo com o levantamento divulgado na última sexta-feira, de maio a agosto, 1.463 pindenses foram atendidos pelas unidades de saúde de Taubaté. No mesmo período do ano passado, o número não ultrapassou 1.009 atendimentos. O balanço apontou que o Pronto Socorro foi o local mais procurado pelos pacientes da cidade vizinha, seguido pelo Pronto Socorro Infantil e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro San Marino.

Em entrevista à Radio Metropolitana de Taubaté, na última quinta-feira, Ortiz Junior ameaçou mover uma ação de reparo de danos, para a cobrança de ressarcimento contra Pindamonhangaba. O tucano cobrou que Isael contribua para o pagamento das despesas dos pacientes.

Além de afirmar que o prefeito de Pinda é um cara de pau, o tucano denominou como uma droga o atendimento de urgência e emergência de Pinda.

Ortiz ressaltou que a gestão de Pinda tem que se esforçar para promover melhorias na área da saúde, o que consequentemente evitaria que a população procurasse atendimento em Taubaté.

A reportagem do Jornal Atos solicitou um posicionamento da Prefeitura de Pindamonhangaba, mas a administração se negou a comentar o caso.

Estopim – As principais divergências entre Ortiz e Isael começaram em fevereiro, após Pinda deixar o Cisamu (Consórcio Intermunicipal do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), comandado por Taubaté. Na época, Isael afirmou que a decisão foi motivada por problemas financeiros, já que o custo com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) era de quase R$ 400 mil mensais.

A medida gerou polêmica no cenário político regional. Um mês após a saída do Cisamu, Pinda foi notificada por Taubaté que precisava quitar uma dívida de quase R$ 2 milhões, que acabou parcelada.

Ao sair do consórcio, Pinda municipalizou o serviço, através do Samup (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Pindamonhangaba), que funciona desde julho.

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