Casos de dengue tem queda de mais de 90% em Pinda

Município tem trinta infectados; Potim também é destaque em trabalho de combate à doença, enquanto Guará e Lorena seguem em alerta

Agente de vetores em vistoria a residências de Pinda; Lorena e Guará seguem em estado de alerta (Foto: Marcos Cuba)
Agente de vetores em vistoria a residências de Pinda; Lorena e Guará seguem em estado de alerta (Foto: Marcos Cuba)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Após enfrentar epidemias de dengue nos últimos três anos, Pindamonhangaba está perto de quebrar esta sequência em 2017.

Com a chegada do verão, período em que ocorre o aumento de registros de casos, as cidades da região intensificarão neste mês as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

De acordo com dados divulgados pela Prefeitura de Pinda, na última semana, o município registrou este ano uma queda de mais de 92,6% de casos da doença, comparado ao mesmo período de 2016.

O balanço apontou que nos primeiros dez meses do ano foram contabilizados trinta casos de dengue, enquanto em 2016 o número de infectados foi de 405.

Para o diretor do departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde, Rafael Lamana, a queda acentuada é reflexo de uma série de medidas preventivas adotadas pelo Município no combate aos criadouros do mosquito. “Visitamos cada casa pelo menos três vezes no ano. Também temos um alinhamento com as unidades de saúde, que nos informam com agilidade os resultados de exames, permitindo a indicação do local em que o infectado reside e trabalha. Na sequência fazemos uma nova vistoria e ações de conscientização nestas regiões”.

Lamana comemorou ainda o fato de o Município ter conseguido afastar o “fantasma” de uma epidemia, como a que castigou a cidade em 2014 quando mais de três mil moradores foram infectados. No ano seguinte, Pinda novamente registrou mais de trezentos casos. Em 2016, o problema se repetiu, sendo contabilizados 405 ocorrências.

Além revelar que o Castolira e o São Benedito são os bairros que historicamente mais preocupam as equipes de combate à dengue, que contam com 45 agentes, o diretor ressaltou a importância da participação popular para a queda de casos. “Temos que parabenizar a postura da população que teve papel determinante para que pudéssemos ter poucos infectados, comparado aos anos anteriores. Mesmo assim, manteremos a intensificação das atividades para garantir que o número reduza ainda mais em 2018”.

Outro dado que demonstra o avanço de Pinda no combate à dengue, foi o resultado da ADL (Avaliação de Densidade Larvária), referente ao mês passado, que revelou que o nível de infestação pelo mosquito Aedes aegypti é de apenas 0.2%. Para o Ministério da Saúde a taxa aceitável é de até 1.0%

Mais cidades – Com 13 casos este ano, Lorena divulgou, no último dia 25, o resultado da ADL que apontou um nível de infestação de 1,5%, levando a cidade a entrar em estado de alerta para epidemia em 2018.

De acordo com a Prefeitura, a pesquisa foi realizada em 670 imóveis pela equipe da Vigilância Epidemiológica. O Executivo explicou que apesar de estar acima do nível recomendável, houve uma diminuição considerável comparado ao resultado da ADL de janeiro que foi de 5,6%.

O Munícipio informou ainda que serão realizados de forma contínua os trabalhos de conscientização e fiscalização dos imóveis. A medida busca evitar que Lorena enfrente uma nova epidemia como a de 2015, quando o número de infectados ultrapassou a marca de trezentos. No ano passado, oitenta moradores foram atingidos pela doença.

Já Guaratinguetá, que possui oito casos de dengue neste ano, também está em estado de alerta, pois registrou o índice de 2.7% na ADL do mês passado. A cidade, que teve 42 casos no ano passado, e que enfrentou uma epidemia em 2015, também está realizando vistorias e ações de conscientização em todos os bairros.

Com 110 infectados em 2016, Potim tem apenas um caso confirmado neste ano. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o índice da ADL será conhecido somente na próxima segunda-feira, já que devido à falta de um laboratório municipal, o procedimento ficou a cargo da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias).

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