Ardito, Myrian e Dr. Isael trocam ataques no último debate de Pinda antes da eleição

Candidato do PR é questionando sobre financiamento de deputado “ficha suja” e falta de declaração de empresas

Os candidatos de Pindamonhangaba, durante debate da TV Vanguarda; discursos apontaram por cobranças contra ex-secretário da Saúde (Foto:Foto: Colaboração Poliana Casemiro - G1)
Os candidatos de Pindamonhangaba, durante debate da TV Vanguarda; discursos apontaram por cobranças contra ex-secretário da Saúde (Foto:Foto: Colaboração Poliana Casemiro – G1)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

O debate dos candidatos a prefeito de Pindamonhangaba, realizado na noite do último domingo, marcou a reta final da corrida eleitoral na cidade. O encontro organizado pela TV Vanguarda, reuniu os cinco prefeituráveis, com destaque para Isael Domingues (PR), alvo dos principais ataques.
As críticas se concentraram no suposto financiamento do ex-deputado federal Valdemar da Costa Neto (PR), condenado no processo do Mensalão, na campanha de Domingues e também na sonegação de empresas em sua declaração de bens.

O debate foi dividido em quatro blocos, de cerca de 18 minutos cada, e além de Isael, contou com a participação de Vito Ardito (PSDB), Luís Rosas (PRP) e Myriam Alckmin (PPS).

O candidato Wilton Moreno “Carteiro” (PSOL) não participou devido à norma eleitoral que garante apenas ao candidato de partidos ou coligações que têm mais de nove deputados federais na Câmara.

Durante o encontro, os prefeituráveis apresentaram suas principais propostas para as áreas de saúde, segurança, cultura e transporte.
Logo no inicio do primeiro bloco, Myriam afirmou que ao longo dos últimos quase quatro anos, referente ao seu mandato como vice-prefeito e um período como secretário de Saúde, Isael recebeu cerca de R$ 500 mil em subsídios, mesmo “sem trabalhar”. No segundo bloco, Vito reforçou a crítica e alfinetou seu vice afirmando que ao invés de prestar atendimento médico nos postos de saúde e Pronto Socorro de Pindamonhangaba, ele prefere trabalhar nas cidades vizinhas.

Domingues se defendeu, dizendo que não teve liberdade, por parte do chefe do Executivo, para desempenhar o seu trabalho à frente da Saúde e também na escolha dos profissionais que iriam compor o quadro de funcionários da pasta. O candidato também ressaltou que Vito sequer o concedeu um gabinete para desempenhar suas funções.

Também no segundo bloco, Myriam contestou Isael. “Sabemos que o dinheiro de sua campanha vem por decisão de Valdemar da Costa Neto, preso e condenado por corrupção. O candidato (Isael) não se se sente constrangido com esta situação?” Em sua resposta, Isael declarou que “minha relação, enquanto partido, é com o deputado federal Marcio Alvino (PR) e o deputado estadual André do Prado (PR), ambos prefeitos de Guararema (SP) onde tiveram 90% de aprovação e eles são exemplos.

Contra-ataque – No quatro bloco, foi a vez de Ismael tentar colocar Vito contra a parede. O candidato do PR, questionou a situação judicial da candidatura do atual prefeito, que teve o registro barrado pelo Tribunal de Justiça. Em resposta, Vito afirmou que já recorreu e que essa decisão não reflete no processo eleitoral, não enquadrada na Lei da Ficha Limpa, ou seja a sua candidatura está mantida.

Na sequência, o atual chefe do Executivo questionou o motivo pelo qual o adversário não declarou suas duas empresas (do ramo de sáude) na declaração de bens do senhor. “Você sabe que isso é crime?”

Ismael respondeu “O candidato Vito acho desconhece isso, porque não foi escondido nada da Receita Federal. Isso foi apenas um erro administrativo e já foi feita a retificação e estamos na conformidade. O Vito está desatualizado”.

O debate da TV Vanguarda, foi a última oportunidade que os eleitores de Pindamonhangaba tiveram para ver frente à frente os prefeituráveis, até a eleição.

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