Após quatro meses de negociação, Gerdau volta a operar com 90% do efetivo

Desde o início da crise causada pelo novo coronavírus, indústria e sindicato tentam evitar demissões em massa; duas mil pessoas trabalham na fábrica em Pinda

Movimentação de funcionários e sindicalistas em empresa que retoma 90% da atividade em Pindamonhangaba (Foto: Divulgação Sindmetp)

Bruna Silva
Pindamonhangaba
Depois de quatro meses intensos de negociação entre indústria e sindicalistas, oitenta funcionários da Gerdau retornaram aos postos, na última segunda-feira (17). Com a ação, a empresa, que é a maior do ramo na cidade, voltou a operar com 90% do efetivo.
De acordo com o Sindmetp (Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Roseira e Moreira César), o retorno dos trabalhadores aconteceu após uma série de medidas, como férias coletivas, suspensão de contrato de trabalho, redução de jornada e salário, além de lay-off.

Cerca de oitenta trabalhadores estavam com o contrato suspenso e parte deles retornaram ainda no domingo. Desta forma, nenhum funcionário está com redução salarial. Somente aqueles que fazem parte do grupo de risco da Covid-19 permanecem afastados. A categoria aponta que são menos de duzentos metalúrgicos.

O setor mais atingido durante a pandemia foi a Aciaria. A produção chegou a ficar totalmente paralisada. A expectativa é que ainda neste mês volte a produzir 38 mil lâminas de aço. Outro grande setor, a Laminação 3, também estava parado e deve retornar com 60% da capacidade.

O presidente do sindicato, André Oliveira, comemorou a conquista. “Felizmente a produção está retomando e vemos como foi importante entender aquele momento. Não foi fácil, negociamos muito, conseguimos evitar demissões em massa e diminuir o impacto nos salários”, afirmou.

Contaminação – Depois da paralisação, no último mês, para a comunicação dos casos de Covid-19 a empresa passou a efetuar o protocolo de maneira mais efetiva. Ao menos 17 funcionários foram infectados pelo novo coronavírus, sendo nove recuperados e oito afastados para tratamento da doença.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?