Universitários e empresas formam “corrente do bem” e doam máscaras contra o coronavírus

Ações voluntárias buscam ajudar centros de tratamentos na luta contra a Covid-19; Lorena tem produção de material em 3D

Equipe do Fundo Social de Solidariedade de Pinda, que recebeu quinhentas máscaras do projeto Jataí (Foto: Reprodução PMP)

Marcelo Augusto dos Santos
RMVale

A pandemia do novo coronavírus tem causado uma série de problemas para a rede púbica de atendimento, entre eles, o desabastecimento e falta de equipamentos de proteção individual para tratar os infectados. Pensando nisso, empresas e universidades criaram ações de apoio com doações de matérias em toda região, com destaque para as máscaras.

Em Lorena, o Unifatea (Centro Universitário Teresa D’Ávila), EEL/USP (Escola de Engenharia de Lorena) e Faculdade Serra Dourada estão produzindo máscaras para os agentes de saúde em impressoras 3D.

O projeto, organizado pelo professor Eduardo Ferro dos Santos, da USP, tem a colaboração de alunos e funcionários de cada instituição.

A ação, que começou há uma semana, já produziu cerca de sessenta máscaras, entregues para a Santa Casa de Misericórdia na última terça-feira. “São quatros maquinas que produzem uma máscara a cada uma hora. A nosso jornada de trabalho é de oitos horas por dia e por isso não temos uma grande produção, mas estamos buscando o apoio da sociedade, porque um aparelho custa R$ 2 mil”.

O professor explicou que a matéria prima para produção é oriunda das faculdades que iriam ser utilizados nas aulas, mas com a paralização dos ensinos foram disponibilizadas para a confecção.

Materiais utilizados na confecção de máscaras de proteção; universidades de Lorena estão produzindo voluntariamente (Foto: Marcelo A. dos Santos)

Nos próximos dias serão entregue mais cinquenta máscaras a um hospital particular de Lorena e depois serão disponibilizados às unidades básicas de saúde do munícipio.

Está previsto ainda a fabricação de álcool em gel no laboratório da faculdade Serra Dourada. Segundo o professor Humberto Felipe da Silva, também da USP, o local já recebeu o alvará da Vigilância Sanitária de Lorena e aguarda a doação de insumos de um empresa para iniciar a produção.

RMVale – Pindamonhangaba recebeu do projeto Jataí quinhentas máscaras que foram entregues para o Fundo Social de Solidariedade. A confecção foi feitas por 25 costureiras voluntárias.

A cidade realizou no último dia 10 a entrega de material para combate à doença pela campanha “Uma mão lava a outra”. Foram duzentos kits com itens alimentícios, de higiene, material de limpeza e máscaras caseiras, repassados à famílias cadastradas no Cras (Centro de Referência de Assistência Social).

Segundo a Prefeitura, a produção dos kits é realizada por voluntários, equipes da secretaria de Esportes e do Fundo Social. As doações podem ser realizadas pelo telefone 0800 878 9629.

Em Guaratinguetá, o atendimento a pacientes da Covid-19 conta com o apoio das grandes empresas instaladas no município. A AGC doou 12 toneladas de cloro que estão sendo usados para a higienização de locais públicos da cidade, como bancos de praças, portas de agências bancárias, ruas que dão acesso a hospitais ou unidades de saúde.

A Liebherr fez a doação de EPI’s para os hospitais Frei Galvão e Santa Casa, os maiores da cidade. Já a Basf entregou equipamentos de proteção individual aos trabalhadores da linha de frente da saúde. Foram doadas ao todo seis mil luvas nitrílicas, sendo 3,8 mil para o Frei Galvão, duas mil para a Santa Casa e cem para a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Engenheiro Neiva além de mais cem para outras instituições.

As cidades litorâneas também estão sendo contemplados. Caraguatatuba recebeu nesta semana uma doação de oitenta máscaras produzidas pela Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo). Até o final de semana, mais 120 máscaras serão entregues.

São Sebastião está fabricando máscaras no Fundo Social para serem doados às famílias em situação de vulnerabilidade social.

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