Projeto de restauração da Casa da Cultura avança em Lorena

Empresa de arquitetura é contratada para iniciar estudos; prédio apresenta problemas estruturais

O secretário de Cultura, Jorge Gomes, mostra pontos que evidenciam necessidade de restauração (Foto: Lucas Barbosa)
O secretário de Cultura, Jorge Gomes, mostra pontos que evidenciam necessidade de restauração (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Lorena

Construído em 1831, o Solar Conde de Moreira Lima, que abriga atualmente a Casa da Cultura de Lorena, pode estar próximo de receber obras de recuperação. Desde o fim de março, uma empresa contratada pela Santa Casa de Misericórdia, proprietária do imóvel, faz um estudo arquitetônico para que seja elaborado um projeto de restauração.

Antiga moradia de Joaquim José Moreira Lima Junior, o Conde de Moreira Lima (1842-1926), o prédio, que chegou a hospedar o Imperador Dom Pedro II foi utilizado nas décadas seguintes como orfanato feminino, ginásio estadual Arnolfo de Azevedo e o colégio Sesi (Serviço Social da Indústria).

Na sequência, o imóvel, doado à Santa Casa após o falecimento do Conde, foi cedido em 2000 para a Prefeitura de Lorena, que o destinou para o funcionamento da secretaria de Cultura e Turismo. A pasta desenvolve diversos projetos artísticos, educacionais e culturais no local.

Desde 2009, o Executivo busca avançar na elaboração de um projeto de restauração, que necessitará de aprovação do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).

No inicio de 2018, a Santa Casa contratou a empresa Arquitetura Plena, de Taubaté, para desenvolver um estudo arquitetônico e a elaboração de um projeto de restauração da Casa da Cultura.

O começo da primeira fase do trabalho, iniciada em março, foi acompanhado de perto pelo ex-secretário de Cultura e Turismo, Roberto Bastos, o Totô (PROS), que deixou o cargo no último dia 6 para concorrer a deputado estadual nas próximas eleições.

Assoalho totalmente comprometido, em salão da Casa da Cultura (Foto: Lucas Barbosa)
Assoalho totalmente comprometido, em salão da Casa da Cultura (Foto: Lucas Barbosa)

Encarregado de dar continuidade na supervisão dos trabalhos, o novo chefe da pasta, Jorge Gomes, explicou que ainda é impossível prever qual será o investimento que a Santa Casa desembolsará para realizar a restauração do prédio, já que é necessária a conclusão da primeira fase de estudos. O secretário apresentou as credenciais da responsável pela Arquitetura Plena.  “À frente deste levantamento temos a doutora em arquitetura pela USP  (Universidade de São Paulo), Livia Vierno, que tem uma vasta experiência, como o restauro da Igreja Matriz de São Luiz do Paraitinga, destruída por uma enchente em 2010. Não será um processo rápido, já que após esta primeira fase, que definirá o orçamento, teremos até dois anos para  tentar angariar recursos governamentais, principalmente através da Lei Rouanet, para viabilizar a restauração”.

Gomes apontou ainda as principais necessidades de melhorias no imóvel. “Temos problemas desde goteiras até descolamento de pisos. Devido a estas e outras condições estruturais, evitamos até realizar eventos de grande porte no prédio. Faremos o possível para contribuir neste processo de valorização deste grande patrimônio histórico de Lorena, atendendo uma antiga reivindicação da população”.

A reportagem do Jornal Atos solicitou um posicionamento da Santa Casa de Lorena sobre a possível restauração da Casa de Cultura, mas nenhuma resposta foi encaminhada até o fechamento desta edição.

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