Palestra em Lorena reúne duzentas pessoas para debater assédio moral

Evento realizado na Unisal busca melhorar relação entre patrão e empregado

Teatro São Joaquim recebeu bom público para acompanhar palestra sobre a necessidade de combater o assédio moral no ambiente de trabalho (Foto: Lucas Barbosa)
Teatro São Joaquim recebeu bom público para acompanhar palestra sobre a necessidade de combater o assédio moral no ambiente de trabalho (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Lorena

Uma pesquisa divulgada no ano passado pela OIT (Organização Mundial do Trabalho) revelou que 42% dos brasileiros já foram vítimas de assédio moral em seus ambientes de trabalho.

Para prevenir e ajudar na identificação do problema, a Prefeitura de Lorena ofereceu na última semana uma palestra sobre o tema no Teatro São Joaquim.

Com a presença de cerca de duzentos espectadores, a doutora em democracia de direitos humanos, Maria Aparecida Alkimin, palestrou no último dia 26 sobre a importância de humanizar as relações entre patrões e empregados, assim evitando casos de assédio moral.

De acordo com a palestrante, o assédio moral poder ser caracterizado como violência psicológica, humilhação e perseguição no ambiente de trabalho.

Ela ressaltou ainda que devido à crise econômica, período em que cresce a cobrança por resultados, tem ocorrido um aumento de casos de assédio moral. “A todo o momento os trabalhadores se vem pressionados a adotarem uma postura proativa e polivalente, o que fatalmente resulta numa carga muito forte de estresse. Mesmo com toda essa pressão, o empregado não pode aceitar ser vítima de qualquer tipo de humilhação e perseguição por parte de superiores”.

A doutora ressaltou ainda a importância dos patrões se conscientizarem sobre a necessidade de manterem um bom relacionamento com seus colaboradores.

Ela destacou também que mesmo o assédio moral não sendo caracterizado como um crime, o autor deve responder administrativamente pelo ato. “As empresas possuem o dever de zelarem pelo respeito entre os funcionários, seja qual for à posição ocupada por eles na hierarquia. Caso seja constatado o assédio moral, é necessário que sejam tomadas medidas contundentes para que os demais trabalhadores percebam que isto não será tolerado”.

Além de revelar que as mulheres são as que mais sofrem com o assédio moral no trabalho, a palestrante elogiou a iniciativa do prefeito Fábio Marcondes (PSDB) em promover a palestra. “Foi muito louvável esta atitude, já que tivemos a presença de muitos servidores municipais. Nossa intenção é que através dos conhecimentos transmitidos, os participantes entendam que tanto na esfera pública como na privada não devem ser toleradas ações que configurem em assédio moral”.

O evento também contou com a participação de estudantes do Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo).

Para o universitário Lucas Lima, 26 anos, a palestra serviu para enxergar com outros olhos as relações dentro da empresa onde trabalha. “Teve umas coisas que a palestrante falou que eu nunca havia visto como uma forma de assédio moral, e acabei percebendo que no meu antigo emprego um encarregado acabou passando do limite comigo. Para mim caiu muito bem esse tema, porque recentemente fui promovido e agora serei responsável por uma equipe grande”.

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