Lorena intensifica ação nas ruas em combate a dengue

Sem casos registrados no ano, ADL tem aumento de 3,9% na cidade

Avisos, visitas e varredura; campanha é intensificada em Lorena, após série de ADLs indicarem risco (Foto: Arquivo Atos)
Avisos, visitas e varredura; campanha é intensificada em Lorena, após série de ADLs indicarem risco (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Lorena

A preocupação de Lorena com os índices acima do esperado na ADL tem aumentado a fiscalização no trabalho contra a dengue. Um levantamento realizado pela Vigilância Epidemiológica apontou que proporcionalmente foram encontradas quatro larvas do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, em cem imóveis vistoriados. A cidade não registrou nenhum caso em 2018.

Divulgado pela Prefeitura na última semana, o resultado de 3,9 % da ADL (Avaliação de Densidade Larvária) de outubro revelou um aumento preocupante em comparação ao resultado do último levantamento, realizado em julho, que foi de 1,3% (mais de uma larva do mosquito achada em cem residências averiguadas). O índice considerado aceitável pelo Ministério da Saúde é de até 1%.

Para a gerente da Vigilância Epidemiológica de Lorena, Helen Colino, o principal fator que contribuiu para o crescimento do índice foi a condição climática de outubro. “A chegada de uma estação mais chuvosa e quente propiciou o surgimento de criadouros. Além disso, diversos moradores não estão agindo como deveriam, já que deixam água acumulada em ralos e diversos tipos de recipientes. Apesar do último caso de dengue em Lorena ter ocorrido em abril do ano passado, estamos preocupados devido ao último resultado da ADL”.

A secretária da Saúde de Lorena, Imaculada Conceição Magalhães, revelou que os bairros que apresentaram maior incidência de focos do mosquito no último levantamento foram Bairro da Cruz, Cidade Industrial, Jardim Novo Horizonte, Parque das Rodovias, Vila Brito, Vila Hepacaré e Vila Nunes. “O Aedes aegypti é encontrado nos baldes, latas, plásticos, ralo externo de lavanderia e vasos sanitários de banheiros externos, são exatamente criadouros de fácil manuseio pela população. A secretaria de Saúde vem tomando medidas em relação a esses apontamentos a ações educativas nas escolas, dia a dia através da ESF (Estratégia e Saúde da Família)”, explicou Imaculada.

Segundo a secretaria, a população conhece o criadouro, os sintomas da doença, os riscos, mas não tem atitude combater o mosquito. “O que a gente tem pedido muito à população é a iniciativa, atividade de ir até o local e retirar o criadouro, então há dificuldade muito mais hoje do que a informação é do ato em si”, contou.

A secretaria de Saúde, em parceria com as secretarias dos outros 38 municípios do Vale do Paraíba, tem realizado mensalmente ações contra a dengue. De acordo com o cronograma da Vigilância Epidemiológica, a próxima ADL será realizada em janeiro de 2019. Denúncias e reclamações sobre flagrantes de possíveis criadouros podem ser feitas no telefone 3159-3300.

Passado – Segundo dados da secretaria, o principal surto de dengue em Lorena ocorreu em 2015, quando foram contabilizados 2.346 casos. À época, soldados do 5° BIL (Batalhão de Infantaria Leve) chegaram a atuar na fiscalização dos imóveis pelo município.
No ano passado, o número de moradores infectados pela dengue foi de 83.

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