Igreja evangélica derrubada por vendaval não tinha alvará

Defesa Civil faz vistoria para em templo onde teto e paredes desabaram na última quarta-feira

Lucas Barbosa
Lorena

Uma igreja evangélica desabou na manhã da última quarta-feira, no Jardim Primavera em Lorena, após as fortes ventos que atingiram a cidade. O local funcionava sem alvará e passava por uma obra, mas continuava recebendo os cultos religiosos três vezes por semana.

De acordo com o pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular, Sérgio Edmundo Soares, por volta das 14h da última quarta-feira, um forte vendaval atingiu o Jardim Primavera, provocando a queda do telhado e as paredes do templo. Ele explicou que no mesmo terreno onde já existe uma igreja, está sendo construída outra, que acabou caindo em cima da antiga. “Foi um vendaval fora do comum e infelizmente a obra acabou não resistindo. Graças a Deus não tinha ninguém no momento do desabamento do teto”.

Fiéis ajudaram no recolhimento de objetos que ficaram soterrados após o vendaval.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Lorena, Robson Fernando Dias, os responsáveis pela Igreja do Evangelho Quadrangular não acionaram o órgão e nem os bombeiros após a queda do templo. “Os responsáveis pela igreja afirmaram que não acionaram os Bombeiros e a Defesa Civil porque depois da queda, eles ficaram muito agitados e não tiveram tempo de nos comunicarem sobre o fato. Suspeito que devido o local estar irregular, até mesmo sem planta, o pastor pode ter ficado com receio de nos acionar”.

O pastor revelou ainda que mesmo reunindo os fiéis três vezes por semana, a igreja não contava com o alvará de funcionamento e outras licenças exigidas por lei. “Depois disso, vamos paralisar a obra para poder obter toda a documentação necessária e regularizarmos a igreja”.

Punição – Dias explicou ainda quais serão as medidas tomadas para evitar que o local continue funcionando de forma irregular. “Solicitaremos que a Prefeitura verifique quais documentos estão faltando no processo de regularização desta igreja, para que o proprietário do terreno se adeque antes de reabrir o local. A expectativa é de que, em breve, a obra seja embargada”.