Falta de banheiros químicos é alvo de cobrança dos feirantes em Lorena

Após vandalismo, estrutura é retirada e passa por manutenção; vendedores contam com ajuda de moradores e comércio local

Feira na estrada Santa Terezinha, uma das que reúne reclamações de feirantes sobre a falta de banheiro (Foto: Rafaela Lourenço)
Feira na estrada Santa Terezinha, uma das que reúne reclamações de feirantes sobre a falta de banheiro (Foto: Rafaela Lourenço)

Rafaela Lourenço
Lorena

Os feirantes e fregueses de Lorena cobram da Prefeitura o retorno da instalação dos banheiros químicos nos pontos da cidade que recebem as feiras livres. Apesar de não ser obrigatório, o benefício, implantado por Fábio Marcondes (sem partido), uma das justificativas pela falta do serviço é a manutenção técnica de um dos banheiros.

De acordo com os feirantes que atuam em diferentes bairros como Vila Hepacaré, Cabelinha e Bairro da Cruz, há mais de dois meses eles e clientes sofrem sem o banheiro químico nas feiras. A moradora do Vila Passos, Bruna Riberio Felipe, de 27 anos que vende doces, paçoca e mel, contou que a Prefeitura desmontou a estrutura do banheiro da Vila Hepacaré há mais de dois meses para reforma, mas que os ficais ficam nervosos ao serem questionados sobre a volta do serviço. “Eu sempre reclamo porque na hora de cobrar a gente eles vêm, mas acham ruim quando a gente cobra. Aqui tem o cemitério e a rodoviária, mas na Cabelinha não tem nada. Ou você pede para usar o banheiro de algum morador ou não faz”, frisou.

Concordando com a reclamação de Bruna, o vendedor de legumes de Cruzeiro, Ailton José Pereira, de 39 anos e que há 15 faz feira em Lorena, ressaltou que paga a taxa mensal, porém, sem utilizar o serviço. “Pago todo mês certinho o boleto, são taxas e taxas e benefício mesmo não tem. Usamos na rodoviária, até que lá recebeu reforma, aí tá limpinho arrumadinho. Mas a gente chega aqui umas 3h, 4h e fica até umas 13h, fica difícil com o movimento”.

Em nota, a Prefeitura informou que a interdição temporária dos banheiros foi divulgada previamente em seus canais oficiais de comunicação. “Houve um atraso na chegada do material necessário para a referida manutenção, porém, nesta semana o material chegou e a secretaria de Serviços Municipais já está trabalhando nos devidos reparos”.

A nota ressalta ainda que o banheiro do Cabelinha foi retirado após recorrentes atos de vandalismo.
Sobre a divulgação do período de reforma dos banheiros no Vila Hepacaré, a produtora rural do bairro Figueiredo, Maria Auxiliadora Vicente, de 72 anos, disse não ter sido notificada sobre a retirada ou reforma dos banheiros. “Eles nunca falaram nada, não dão um toque. E a maioria dos meus clientes são idosos e o banheiro seria também para os fregueses da gente. Tem que usa de padaria, comércios”.

A Prefeitura explicou ainda que a taxa paga pelos feirantes garante a utilização do espaço público e não inclui a responsabilidade de infraestrutura por parte da Prefeitura, porém, a atual gestão, entendendo a necessidade, colocou os banheiros para a utilização de todos.

Segurança – Um dos pontos também criticados pelos feirantes foi a falta de segurança, principalmente no fechamento das feiras. Há relatos de assaltos realizados na feira do Bairro da Cruz. “As bancas pagavam um segurança, cada um pagava uma “taxinha”, mas o cara sumiu também. Da Prefeitura não vem ninguém, só passa o fiscal”, contou Ailton Pereira.

Segundo a Prefeitura, apesar da responsabilidade ser da Polícia Militar, a Guarda Civil Municipal faz rondas nas regiões das feiras livres, e que a partir deste pedido, será intensificado o atendimento.

Na próxima reunião entre a secretaria de Segurança Pública e o comando da Polícia Militar será reforçado o pedido de policiamento dos feirantes.

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