Cidades reclamam de falta de vagas de atendimento no AME

Silveiras, Piquete e Lavrinhas cobram mudanças; deputado crítica redução na oferta

A entrada do AME de Lorena; sistema estadual projetado para atender 17 cidades é alvo de críticas de prefeituras; governo Alckmin nega falhas (Foto: Arquivo Atos)
A entrada do AME de Lorena; sistema estadual projetado para atender 17 cidades é alvo de críticas de prefeituras; governo Alckmin nega falhas (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Regional

O deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV) e representantes de municípios da região reclamam de uma suposta redução na oferta de vagas no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Lorena. Eles afirmaram que o problema, que começou há cerca de quatro meses, obriga as prefeituras terem um maior gasto no transporte dos pacientes, que passaram a serem atendidos na unidade de Caraguatatuba.

Inaugurado em julho de 2016, o AME de Lorena foi construído através de um investimento superior a R$3 milhões. A unidade, que abrange 17 municípios, possui equipamentos capazes de realizar exames de 31 especialidades médicas.

Na última semana, o ambulatório virou alvo de uma série de críticas de políticos da região. Os municípios alegam que o AME Lorena vinha atendendo bem a demanda, mas de que alguns meses para cá foi reduzindo a oferta de serviços. Quero entender por que isso está ocorrendo, pois de nada adianta o Estado ter construído um AME que não consegue atender a região, disparou Padre Afonso, que garantiu que Lavrinhas, Silveiras e Piquete não estão conseguindo efetuar o agendamento de consultas para algumas especialidades, porque são liberadas no máximo cinco vagas por mês.

A maioria das reclamações concentra-se na dificuldade de agendar exames de especialidades como ortopedia, oftalmologia e endocrinologia pediátrica.

A prefeita de Piquete, Teca Gouvêa (PSB), detalhou os problemas enfrentados pelo Município diante da diminuição na oferta de vagas. Infelizmente esta situação do ambulatório não condiz com a justificativa de sua construção, que era atender de forma igualitária todas as cidades da região. Também estamos tendo um alto custo com o transporte, já que diversas vezes o AME de Lorena encaminha nossos moradores para a unidade de Caraguatatuba.

A diretora de Saúde e responsável pelo setor de Regulação de Silveiras, Andreza Maura de Lacerda, descreveu as dificuldades enfrentadas pelos pacientes do município. Estamos cada vez mais sem vagas. Continuamos sem porta de entrada e a quem recorrer. As prefeituras do Vale Histórico estão em conversa, porém sem muita luz no fim do túnel.

A reportagem do Jornal Atos solicitou um posicionamento da Prefeitura de Lavrinhas, mas nenhuma resposta foi encaminhada até o fechamento desta edição.

Estado – Em nota oficial, o DRS Taubaté (Departamento Regional de Saúde) afirmou que as informações citadas pelo deputado estadual Padre Afonso Lobato não procedem. Além disso, no momento, não há qualquer dificuldade no agendamento de consultas, e inclusive os Ambulatórios Médicos de Especialidades de Lorena e Caraguatatuba ultrapassam as metas de atendimento estipuladas.

O DRS ressaltou que o AME de Lorena realizou mais de 20,6 mil atendimentos mensais entre julho e setembro e , contanto os nove primeiros meses de 2017, a unidade teve uma média de absenteísmo (falta de pacientes em exames agendados) de 17,7%, o que equivale à ausência de 4.354 pacientes.


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