Blitz do TCE encontra falhas e irregularidades em hospitais e postos de saúde na RMVale

Santa Casa de Cruzeiro é destaque negativo em relatório que passou por outras 14 cidades são fiscalizadas

Pacientes esperam por atendimento na Santa Casa de Cruzeiro (Foto: Arquivo Atos)
Pacientes esperam por atendimento na Santa Casa de Cruzeiro (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Regional

Para averiguar as condições estruturais e a qualidade do atendimento oferecido aos usuários da rede pública de saúde, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) realizou na última terça-feira uma fiscalização surpresa em hospitais e unidades básicas em diversos municípios paulistas. A ação, que percorreu 15 cidades da RMVPL (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), classificou a Santa Casa de Cruzeiro como a em pior situação.

Contando com 303 agentes, a blitz do TCE verificou 268 unidades municipais de saúde e 32 estaduais, distribuídas por 229 municípios.
As cidades visitadas pelos agentes na região foram Aparecida, Areias, Canas, Campos do Jordão, Cruzeiro, Ilhabela, Jacareí, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, São Sebastiao e Taubaté.

De acordo com o órgão, foram analisadas a existência de atendimento preferencial, organização do atendimento, cordialidade na recepção dos usuários, qualidade das salas de espera, disponibilidade de médicos de diversas especialidades, local de atendimento diferenciado para pacientes com dengue, condições dos banheiros e a existência de rampas e sanitários com acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
A reportagem do Jornal Atos teve acesso ao relatório das cidades vistoriadas na região.

O pior resultado foi obtido pela Santa Casa de Cruzeiro, onde foi verificada ausência de atendimento preferencial, cordialidade dos recepcionistas, local de atendimento diferenciado para pacientes com dengue e de boas condições da sala de espera, banheiros e de acessibilidade para deficientes físicos.
O relatório também afirmou que um morador de rua foi flagrado dormindo em um canto da recepção do hospital.

Já na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Centro de Areias foram constatadas a falta do setor de atendimento especial para vítimas da dengue e banheiros para deficientes físicos.

Além dos mesmos problemas de Areias, em Canas não foram encontradas rampas de acessibilidade no prédio.
A falta de adaptação do prédio e sanitários para portadores de dificuldade de locomoção também foram averiguadas no Centro de Saúde de Lavrinhas.
Na UBS de Piquete, os fiscais se depararam com as infrações de falta de permanência de médico de especialidade que deveria ser oferecida pela unidade, no caso o ortopedista que só atende um dia da semana, e também do setor de atendimento especial para pacientes com dengue.

No Litoral Norte, o TCE identificou na UBS do bairro Alto da Barra, de Ilhabela, ausência de médicos de especialidades que deveriam ser oferecidas pela unidade e acessibilidade para deficientes físicos.

Em São Sebastião, apesar da UPA do Centro possuir banheiros para deficientes físicos, os agentes se depararam com as portas trancadas.
Aprovadas – Não foram encontradas falhas nas unidades de Aparecida (Unidade de Pronto Atendimento da Santa Casa), Jacareí (Unidade de Pronto Atendimento do Parque Meia Lua), Pindamonhangaba (Unidade de Pronto Atendimento de Moreira César), Lorena (Unidade Básica de Saúde do Bairro da Cruz), Lagoinha (Unidade Básica de Saúde do Centro).

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