Após onda de assaltos, Lorena segue sem previsão de receber reforço policial

Número de policiais na região é considerado suficiente para a demanda; moradores e estudantes estão utilizando redes sociais para relatar casos de roubo em Lorena

Operação policial na avenida Peixoto de Castro; uma das áreas com maior número de registros na cidade (Foto: Arquivo Atos)
Operação policial na avenida Peixoto de Castro; uma das áreas com maior número de registros na cidade (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Lorena

A sensação de insegurança tem aumentado com a disseminação das informações, principalmente, através das redes sociais. Os assaltos que, antigamente, aconteciam com maior frequência no período noturno, atualmente não têm mais hora para ser registrado.

No último final de semana, relatos da ação de marginais no comércio da cidade e até mesmo em frente a uma igreja disseminaram o medo de quem circula pela cidade (apenas um assalto teve o registro realizado na delegacia).

Semanalmente, os vereadores de Lorena têm apresentado moções de apelo ao governo do Estado de São Paulo solicitando aumento no efetivo policial da região. Alvo frequente de ladrões, moradores e estudantes, estão preocupados com a segurança.

A Polícia Militar negou que haja necessidade de aumento do número de policiais para a região. “O efetivo da Polícia Militar, aqui do batalhão, é suficiente para desempenhar nossa missão, contudo, a deficiência de outros órgãos tem impactado nosso serviço. Por exemplo, se a gente tivesse atendimento médico no estabelecimento prisional ou a videoconferência, desincumberia enormemente a polícia militar de ficar empregando viatura e efetivos nesses serviços”, afirmou o comandante do Departamento de Comunicação Social do 23ºBPM/I, o capitão Ronaldo Andrade.

Na internet, uma página chamada “Movimento Lorena em segurança” tem relatado em redes sociais os casos de roubos sofridos diariamente no município. Além disso, moradores e usuários utilizam do próprio perfil para postagens sobre o assunto.

O capitão ressaltou ainda a colaboração dos poderes públicos no auxílio ao combate à criminalidade. “A segurança pública não é só de responsabilidade da PM. Outras instituições, municipais, estadual e federal também devem contribuir. Uma família estruturada e planejada contribui para a segurança. Uma cidade organizada, planejada, com investimentos em esporte, lazer e cultura, desenvolvimento econômico, também ajuda a segurança”.

Ele lembrou sobre a importância da manutenção das cidades. “Também atitudes simples como limpeza de terrenos, identificação de ruas, pavimentação para ajudar no deslocamento das viaturas, estabelecimentos comerciais com alvará, auxiliam nos trabalhos. Precisamos ter as nossas fronteiras, rios e estradas, melhor vigiadas e fiscalizadas, porque por eles passam armas, drogas, explosivos que fomentam o crime.”

Novos soldados – Na última quarta-feira (11), a Polícia Militar formou mais de 2,8 mil soldados. De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública) para o interior do Estado serão destinados 788 novos policiais. Entretanto, o CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior), em São José dos Campos, afirmou que não tem informações sobre a chegada de reforço no efetivo, “sendo de competência da secretaria de Segurança Pública”.

Prefeitura – Por meio de nota, a Prefeitura de Lorena informou que tem cobrado do governo do Estado, e principalmente da Policia Militar, porém, eles alegam falta de efetivo. Segundo a nota, estão em fase de contratação através de concurso pela Prefeitura, os 20 guardas municipais, que atuarão armados, reforçando o policiamento na cidade. A nota ressaltou ainda que, a Prefeitura possui desde setembro de 2014, um convênio com a Policia Militar para aumentar o efetivo nas ruas, com mais seis policiais através da Operação Delegada, o que é custeado pelo Executivo.

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