Altos índices de sarampo voltam a preocupar cidades da região

Pinda e Aparecida têm confirmações, enquanto Lorena registra oito casos suspeitos; no estado, primeira morte pela doença desde 1997

A vacinação contra o sarampo segue por toda a rede pública de saúde da região; cidades intensificam a campanha após casos registrados no Vale (Foto: Reprodução)
A vacinação contra o sarampo segue por toda a rede pública de saúde; número de casos sobe na região (Foto: Reprodução)

Letícia Noda
Região

Nos últimos noventa dias o Brasil teve 2.331 casos de sarampo confirmados em 13 estados. Só no estado de São Paulo foram 2.299 confirmações. Na região, cidades como Aparecida, Atibaia e Pindamonhangaba registraram aumento no número de casos confirmados da doença na última semana. No total, as cidades contabilizam agora 51 registros.

Em Aparecida, o caso confirmado esta semana foi um jovem de 26 anos, que teria sido infectado na cidade de Franco da Rocha, interior de São Paulo. Segundo a Prefeitura, ele passa bem. Já em Pinda, a vítima foi um menino de um ano do bairro Campo Alegre, que já foi medicado.

Diante da situação, as prefeituras reforçaram as ações contra a doença a fim de prevenir o aumento de casos, principalmente em crianças menores de um ano de idade, já que de acordo com o Ministério da Saúde, o grupo é o mais afetado pela doença.

Em Cruzeiro, a Prefeitura realiza uma campanha para que crianças e adultos a partir dos seis meses sejam vacinadas. Para isso, basta comparecer à unidade de saúde mais próxima, levando carteirinha de vacinação.

A situação tem se tornando mais preocupante em Lorena, onde a secretaria de Saúde contabilizou oito casos. Já foram realizadas ações de bloqueio pela Vigilância Epidemiológica e capacitação da rede de saúde. Os pacientes aguardam resultado laboratorial do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

A Prefeitura divulgou os detalhes da campanha de vacinação infantil, mas também reforçou que todas as pessoas devem se imunizar seguindo o calendário nacional de vacinação (leia quadro a baixo).

As salas de vacina estão em funcionamento em todas as Unidades de Saúde, de segunda a sexta-feira das 7h30 às 16h30. Durante esse período de intensificação, o Ambulatório de Especialidades 1 (na rua Benedito Marcondes de Moura Sobrinho, nº 38, no Centro) contará, a partir da próxima segunda-feira, com uma equipe exclusiva para verificação de situação vacinal e vacinação de sarampo, quando indicado.

A situação já preocupa até mesmo na rede participar. Em São Paulo, há casos de clínicas particulares com falta da vacina. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, que entrou em contato com sete estabelecimentos de vacinação da capital e da região metropolitana. Em nenhuma delas havia doses da imunização disponíveis e nem previsão para reabastecimento.

A doença – O sarampo é altamente contagioso, provocado por um vírus, com transmissão similar ao da gripe, de pessoa para pessoa ao tossir, falar, espirrar ou respirar. Os sintomas mais comuns são: irritação nos olhos, corrimento no nariz, manchas brancas na parte interna da bochecha, mal-estar, tosse persistente e manchas avermelhadas na pele.

Quem deve ser imunizado na campanha de vacinação

 – Crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias de idade devem receber uma dose adicional, a chamada “dose zero”;

– Pessoas de 1 a 29 anos: duas doses com intervalo mínimo de 30 dias;

– Pessoas entre 30 e 59 anos: uma dose;

– Pessoas com 60 anos ou mais não precisam ser vacinadas.

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