Vereadores cobram explicações sobre reajuste da tarifa do lixo em Guará

Parlamentares elaboraram ofício para questionar Saeg sobre aumento anunciado na última semana; companhia alega defasagem como motivo principal para valor

Lixo acumulado à espera da coleta em Guará; serviço tem aumento de taxa questionado por vereadores (Foto: Leandro Oliveira)
Lixo acumulado à espera da coleta em Guará; serviço tem aumento de taxa questionado por vereadores (Foto: Leandro Oliveira)
Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O reajuste de 12% da tarifa de resíduos de Guaratinguetá, anunciado na última semana, foi questionado por um grupo de seis vereadores da cidade.

Os parlamentares, encabeçados por Marcelo Augusto ‘da Santa Casa’ (PSD), elaboraram um ofício para cobrar mais informações da direção da Saeg (Companhia de Serviço de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá) sobre a alteração no valor da taxa de lixo.

A autarquia alegou a defasagem dos últimos anos como motivo principal para medida.
O valor da tarifa subiu de R$ 1,69 para R$ 1,93 por metro quadrado de cada residência. O reajuste, pedido pela Saeg, foi aprovado pela Arsaeg (Agência Reguladora de Guaratinguetá) e passa a vigorar de forma imediata. O reajuste foi rebatido nas redes sociais e ganhou a atenção dos vereadores.

Na última semana, Décio Pereira, Nei Carteiro, Tia Cleusa e Fabrício da Aeronáutica (todos do PMDB), Marcos Evangelista (PSDB) e Marcelo da Santa Casa encaminharam um ofício a Saeg, questionando o reajuste. “Foram pedidos 30% e a Arsaeg deu 12%, mas como chegaram a esse índice?”, indagou Marcelo Augusto.

Os vereadores pediram a revisão do reajuste com base na situação econômica do País e o momento de boa parte dos moradores da cidade. “A gente vive uma dificuldade em nível nacional, onde a inflação está abaixo de 3% e o salário mínimo abaixo dos 2%. Em Guaratinguetá, três mil pessoas tiveram o achatamento dos salário, entre os outros tributos que têm que ser pagos. Não achamos justa a aplicação desse reajuste”, concluiu.

Outro lado – O ofício chegou a Saeg e foi lido pelo diretor da Companhia, Renato Valentin. “Recebemos e devemos devolver à Câmara Municipal no mais tardar até a próxima quinta-feira. Eles são os representantes do povo, tem todo o direito de questionar. Nós vamos informar toda a dinâmica desse valor e eles vão entender. Nosso pedido procede e o reajuste também”, respondeu.

Valentin defendeu o reajuste e explicou que para chegar ao percentual autorizado, a Saeg efetuou um cálculo do gasto com o lixo no último ano e dividiu pelo número de metros quadrados de residências de Guaratinguetá. Através dessa conta, a autarquia chegou até o custo por metro quadrado. “É um reajuste que já esperávamos. Quatro anos pedindo ao Arsaeg, e não havia sido autorizado. Imagina a população sem reajuste da população por quatro anos. É a mesma coisa que sentimos aqui na Saeg”, destacou.

A coleta de lixo de Guaratinguetá é feita de maneira terceirizada pela Codesg (Companhia de Desenvolvimento de Guaratinguetá), empresa municipal, alvo de reclamações constantes de atraso em diversos bairros. A Saeg confirmou que, devido ao reajuste da tarifa, a cobrança e fiscalização dos serviços da Codesg serão mais intensas.

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