Sindicato recua sobre greve no TUG e decide reajuste salarial na próxima quarta-feira

Sem paralisar transporte coletivo de Guaratinguetá, categoria negocia pagamentos com empresas

Trabalhadores e sindicalistas debatem proposta apresentada pela empresa gestora do TUG; conversa segue e greve pode voltar à pauta (Foto: Colaboração Anderson Carlos)
Trabalhadores e sindicalistas debatem proposta do TUG; conversa segue e greve pode voltar à pauta (Foto: Colaboração Anderson Carlos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba recuou sobre a possibilidade de paralisar o transporte coletivo de Guaratinguetá. A categoria, que aguarda uma nova proposta para reajuste salarial, pagamento sobre participação de lucros e do vale alimentação, fará uma nova assembleia na quinta-feira próxima. Um dia antes, a direção do Sindicato se reunirá com as direções das empresas São José e Oceano para discutir os reajustes.

Mesmo em estado de greve, os usuários do TUG (Transporte Urbano de Guaratinguetá) temiam que o serviço fosse interrompido nesta semana, coisa que ainda não aconteceu devido a negociação aberta entre a categoria e as empresas prestadoras de serviços no município. Temendo uma decisão prematura, a diretoria do Sindicato conseguiu agendar uma reunião para a próxima quarta. Caso as novas propostas não estejam de acordo com o desejo da categoria, o serviço poderá ser parado.

O vice-presidente do Sindicato, Manoel Galvão, confirmou que após a reunião será feita uma nova assembleia que decidirá pelo acordo com as empresas ou pela greve. A categoria aguarda uma proposta melhor do que a oferecida há duas semanas, de parcelamento dos reajustes.

“Estamos com esse impasse. Não podemos ser radicais e fazer a greve. Ainda não protocolamos o documento (de greve). Apesar de já ter sido votado, nós temos uma negociação. Como temos essa reunião, está descartada a greve. Nós vamos nos reunir e esperamos que seja feita uma proposta satisfatória”, destacou.

O percentual oferecido para o reajuste, de 5,07%, foi aceito pelos trabalhadores, mas a forma de pagamento não. As empresas sugeriram pagar os reajustes retroativos a 1 de maio de forma parcelada a partir de outubro até fevereiro do ano que vem. Após a rejeição da proposta, a categoria aprovou o estado de greve.

Discussões – Desde que foi recebida a proposta para o reajuste, o Sindicato tentava agendar novas reuniões para discutir a forma de pagamento. Antes de confirmar a reunião da próxima quarta-feira com as diretorias das empresas São José e Oceano, os sindicalistas se reuniram com o prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva (PSB). Na ocasião foi informada ao Executivo a real situação do transporte municipal.

Futuro – Em dois meses terá início o novo contrato de prestação do serviço de transporte coletivo de passageiros. A empresa Oceano, que já opera em Guaratinguetá, foi a vencedora da licitação. A frota de ônibus, segundo o edital, precisa ser renovada e todos os ônibus deverão ter acessibilidade. Ainda segundo o edital, o valor da passagem passará a custar R$ 4,10.

 

 

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