Secretaria de Guará confirma falha na entrega de medicamentos para centro

Situação é alvo de série de críticas; Prefeitura garante que reposição foi normalizada

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A falta de medicamentos em farmácia gerou protesto entre pacientes da rede pública de Guaratinguetá (Foto: Reprodução)
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
Uma publicação em uma rede social evidenciou um problema sério no Centro de Saúde de Guaratinguetá: a falta de medicamentos, apontada por moradores como algo frequente. A distribuição, segundo a secretaria de Saúde, está sendo realizada. O setor não soube informar o motivo pela falha apontada.

O Centro de Saúde é uma das maiores e mais importantes unidades de assistência desse setor em Guaratinguetá. Localizado próximo ao bairro da Pedreira, Tamandaré e região central, é muito procurado por moradores que necessitam de medicamentos.

Esse é o caso de Antônio Carlos da Silva, morador do Campo do Galvão. “Eu precisava de um remédio para o estômago, mas no Centro de Saúde não tinha. Acabei ficando sem. Voltei nessa semana e consegui, depois de uns nove dias”.

Situação semelhante a de Aparecida Franco, moradora da região central. “Sempre que precisava, corria até lá. Às vezes acontece de não ter (medicamento), mas na semana seguinte, tem. Quando eu preciso e não encontro no Centro de Saúde, eu tento em outro posto”, declarou.
O chefe de Gabinete da secretaria de Saúde, Alexandre Rocha, confirmou que houve um problema na distribuição de antibióticos e anti-inflamatórios no Centro de Saúde, mas que os medicamentos deixaram a secretaria de Saúde com destino à unidade. Até o fechamento dessa matéria, o setor não havia apurado o que gerou a falha.

Rocha garantiu que um xarope não faz mais parte da distribuição do município, pois ele foi retirado da Rename (Relação Nacional de Medicamentos), que é feita a cada dois anos pelo Ministério da Saúde. O setor federal inclui e retira remédios dessa relação de forma bianual. “Alguns medicamentos solicitados não fazem mais parte dessa lista”, respondeu Rocha, ao se referir ao xarope.

Questionado sobre outros medicamentos que não fazem mais parte da lista, Rocha disse não se recordar, pois a lista é extensa. Ao ser indagado sobre falta de anti-inflamatórios e antibióticos, afirmou: “Esses a gente tem. A questão de antibiótico, o meu setor de logística falou que entregou. Terei que entrar em contato com a unidade para ver qual está sendo a dificuldade. Amoxicilina saiu daqui e foi para lá”.

Justificativa – Quando questionado sobre possíveis atrasos na entrega de medicamentos ao Centro de Saúde, o chefe de Gabinete descreveu a criação de um sistema informatizado para atualizar sobre estoque e demanda de remédios. O sistema foi colocado em prática em unidades menores, ou seja, o Centro de Saúde ficou de fora, por se tratar de um dos principais postos municipais. “Eventualmente, se acaba (remédios) a enfermeira pede mais, ou se surgiu uma necessidade de um medicamento diferente, ela faz a solicitação”.

A reposição dos estoques é feita de forma quinzenal, em todas as unidades, segundo Rocha, que garantiu que não há problemas com a reposição de remédios. “Não há falta de medicamentos. Todos os medicamentos encaminhados pelo Ministério da Saúde estão aqui”.

Logística – O Centro de Saúde e a AME (Assistência Médica Especializada) não dispõem do sistema. De acordo com Rocha, essas unidades ainda não foram contempladas, pois são as duas maiores e, por isso, necessitam de mais equipamentos. Ele garantiu que o sistema chegará às unidades. “São unidades que precisam de mais máquinas”, concluiu.

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