Saúde de Guará começa ano enfrentando paralisação de médicos obstetras

Profissionais estão com salários atrasados há dois meses; vencimentos devem ser pagos na próxima semana

Pacientes procuram atendimento no Pronto Socorro de Guaratinguetá; sistema começou o ano com falta de médicos, após falhas da administração anterior (Foto: Leandro Oliveira)
Pacientes procuram atendimento no Pronto Socorro de Guaratinguetá; sistema começou o ano com falta de médicos, após falhas da administração anterior (Foto: Leandro Oliveira)

Da Redação
Guaratinguetá

A administração do prefeito Marcus Soliva (PSB) mal assumiu e já enfrentou uma paralisação dos atendimentos no Pronto Socorro. Os médicos obstetras interromperam os serviços, na última segunda e terça-feira, devido ao atraso nos salários de novembro e dezembro de 2016.

As gestantes que buscavam atendimento e não eram casos de urgência foram encaminhadas para outros hospitais da região. Para os casos de emergência, havia uma médica plantonista à distância, mas nem todas as gestantes conseguiram atendimento nas cidades vizinhas e buscaram as redes sociais para relatar o problema.

De acordo com a secretária de Saúde Maristela Macedo, o problema foi solucionado na noite de terça. “Quando chegamos à secretaria, recebemos uma escala do Pronto Socorro de Guaratinguetá com quarenta plantões faltando. Buscamos então a regularização disso. Encontramos certa resistência e quando fomos ver os salários dos médicos, a última competência foi paga em setembro. Já outubro, novembro e agora dezembro, quando vence a terceira, não foram pagas”.

Para solucionar o problema, foi realizada uma reunião entre a secretaria de Saúde, os departamentos jurídico e financeiro da Prefeitura, e o prefeito Marcus Soliva. A previsão é de que os vencimentos sejam quitados na próxima semana.

A secretária tenta se reunir com os médicos para avaliar a atual condição. “Estamos convocando todos os médicos para sentar, conversar, ver qual é a expectativa com relação a esse plantão e buscar uma solução definitiva. Depois deste passo da regularização da mão-de-obra, que é o mais importante, principalmente médicos, a gente começa a discutir a qualidade do atendimento”.

UBS – Maristela revelou ainda que as escalas de médicos das UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) estão sofrendo com a falta de profissionais. “Eu repus dois, um clínico para completar o AME e o Parque São Francisco e um dermatologista sanitário, que é centrado os pacientes de hanseníase, uma área importante da saúde pública e que não podia ficar descoberta. Agora, eu tenho a missão de repor alguns médicos de PSF e enfermeiros”, salientou.

A secretaria está convocando os profissionais para conversar, mas para a contratação emergencial será necessário uma legalização do processo, ainda sem data definida.

Compartilhar é se importar!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?