Quarto incêndio em Guará coloca segurança de postos de entrega de recicláveis em xeque

Com necessidade de reforço na segurança, unidades do PEV podem ser administradas pela Codesg

Um dos incêndios que atingiram unidades do PEV, em Guaratinguetá; quarta ocorrência aumenta cobrança por reforço na segurança do local (Foto: Arquivo Atos)
Um dos incêndios que atingiu o PEV; 4ª ocorrência aumenta cobrança de segurança no local (Foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

O PEV (Posto de Entrega Voluntária) do bairro São Dimas foi alvo de um novo incêndio, na madrugada da última segunda-feira. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a ocorrência foi registrada por volta das 5h. O Corpo de Bombeiros foi acionado por moradores vizinhos ao espaço, que é destinado ao descarte de materiais recicláveis. Esse foi o quarto incêndio em um PEV da cidade, o terceiro na unidade do São Dimas.

Ocorrências semelhantes à da última segunda-feira foram registradas ao longo desse ano, mais duas no São Dimas e uma no Parque São Francisco, a última unidade vítima de incêndio, em maio. À época, o fogo destruiu parte de um contêiner, e os bombeiros trabalharam mais de três horas para conter as chamas. “Pela forma que o fogo estava dentro do PEV, foi realmente colocado”, citou à época o diretor de Resíduos da Saeg, Gonçalo Ferraz.
Como havia a possibilidade de que o incêndio fosse criminoso, assim como os outros registrados neste ano, a Companhia foi questionada sobre reforço de segurança para evitar casos semelhantes. “Estamos em estudos orçamentários para colocar um sistema de câmeras ou funcionário para tomar conta dos postos”, ressaltou Ferraz.

Quase dois meses depois, o assunto volta à tona. O número de ações parecidas chama atenção devido ao curto intervalo de tempo, já que foram quatro incêndios em sete meses. Nesta semana, o fogo não causou danos estruturais à unidade, mas causou a interrupção das atividades de entrega no posto, durante toda a segunda-feira.

Foram utilizados mais de oitenta mil litros de água para conter o fogo. O combate ao incêndio foi feito por equipes dos Bombeiros de Guaratinguetá e Aparecida. A Defesa Civil de Guaratinguetá também atuou.

Ocorrência – Gonçalo Ferraz foi novamente ouvido sobre a situação, e destacou que a origem do fogo não foi dentro do PEV, mas sim ao lado da unidade. O fato, segundo o diretor, teria sido causado por moradores que descartaram entulho no lado de fora do posto. O diretor da autarquia acredita que alguém teria ateado fogo nos materiais, e as chamas se alastraram para o lado de dentro do PEV. “O posto é para receber material reciclável em até um metro cúbico, o que, em tamanho, dá uma carroça, mas tem pessoas que chegam com caminhão, aí a gente nega. Quando chegamos no início da semana tem muito entulho ao lado do PEV, que foram proibidos de descartar do lado de dentro. O fogo surge desse material”, garantiu o diretor.

Alteração – Em maio, Ferraz confirmou que o Saeg colocaria um vigia noturno nas unidades para evitar novos incidentes dessa natureza, e que a companhia estava estudando a implantação de câmeras de segurança, mas após a ocorrência desta semana, ele indicou que a responsabilidade pelo PEV deve sair do Saeg para a Codesg (Companhia de Desenvolvimento). “Nosso resíduo é úmido. Esse tipo de material reciclável, cata-bagulho, é de limpeza pública. A Prefeitura está entrando em detalhes para passar isso para a Codesg. Os PEV’s ficariam a cargo da Codesg”, citou Ferraz, que ainda confirmou que o Saeg não vai colocar vigias de madrugada, já que a obrigatoriedade seria da Codesg.

A possibilidade ainda está em discussão inicial. O incêndio desta semana, segundo o diretor, foi novamente criminoso.

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