Planos do PSL podem colocar Soliva na mira de outros partidos

Vereador e partido divergem sobre meta das eleições, e devem mudar cenário em Guaratinguetá

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“Sinto que é hora de contribuir para mudar o destino de Guaratinguetá, que sofre as consequências do ‘coronelismo” – Marcus Soliva, provável pré-candidato (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
Guaratinguetá

A quatro dias do final do prazo para as filiações, o cenário político de Guaratinguetá pode ter mudanças sérias para as eleições de 2016. A sinalização do PSL de não lançar candidatura própria à prefeito podem levar o vereador Marcus Soliva a trocar de partido.

O vereador é um dos membros da bancada da oposição na Câmara. Único eleito pelo PSL, ele é apontado como um dos nomes fortes entre os pré-candidatos como o ex-prefeito Júnior Filippo (PSD), o atual prefeito Francisco Carlos Moreira (PSDB), o engenheiro Argus Ranieri (PMDB) e o médico João Carlos (PT).

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“Não existe nada definido quanto a lançar ou não a candidatura. Precisamos coligar com partidos mais estruturados” – Mauro de Castro, presidente do PSL (Foto: Arquivo Atos)

Nesta semana, Soliva passou a ser centro de debate, com a iniciativa do partido em buscar coligações com grandes siglas para definição das candidaturas. De acordo com o presidente do PSL, Mauro de Castro, a orientação do partido é focar na eleição para o Legislativo. “Estamos buscando nomes entre ex-candidatos de outros partidos. O PSL está se estruturando ao longo dos anos, pois é um partido pequeno, e essas eleições serão bem concorridas”.

O projeto de Soliva para pré-candidatura não deve ser aceito no partido. “Já colocamos que esse posicionamento é dele (Soliva), não do partido. Já conversamos que se virar candidato é algo particular. Ainda estamos negociando coligações. Não adianta lançar cabeça de chave e sair sozinho, se não tivermos força para auxiliar os candidatos a vereador. Com coligações, teríamos mais chances”, explicou Castro.

A sigla agora estuda propostas. A ideia é compor grupos com espaço para indicar o candidato a vice-prefeito e aproveitar para garantir maior tempo de rádio na campanha. “Não existe nada definido quanto a lançar ou não a candidatura. Precisamos coligar com partidos mais estruturados”.

A expectativa no PSL, que hoje conta com quatrocentos filiados, é atingir até três vereadores.

De olho – Se a proposta para 2016 afasta a possibilidade de Marcus Soliva colocar em prática o projeto para a pré-candidatura, outros partidos já indicam abertura de portas para o vereador.

Presidente do PSB, o vereador João Pita Canettieri não escondeu o interesse do partido em contar com o companheiro de bancada nas próximas eleições. De acordo com o parlamentar, que completa em 2016 seu terceiro mandato, o partido já conta com seis siglas coligadas: DEM, PTB, PSL, SD, PSDC e PTN. “Existe a possibilidade de se adiar o prazo das filiações (a proposta aguarda até a próxima quarta-feira (30) a assinatura da presidente Dilma Rousseff) para abril. Se isso acontecer, seria um maior tempo para buscar nomes e também estudar essas coligações, que serão definidas em junho. Até lá é possível perder alguns partidos e ganhar outros. A política é assim”.

Outro caminho para Soliva seria uma proposta do PSD, para que o vereador componha como vice na chapa que deve contar com o ex-prefeito Junior Filippo.

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