Permissionários do Mercado Municipal reclamam de intenso calor no local

Sistema de refrigeração está estragado e comerciantes reclamam de prejuízos com produtos estragados

Mercadão Guará - Carlos Pimentel (1)
Comerciantes do Mercado Municipal de Guaratinguetá reclamam de calor excessivo no interior do local (Foto: Carlos Pimentel)

Carlos Pimentel

Guaratinguetá

Permissionários do Mercado Municipal de Guaratinguetá estão reclamando de prejuízos sofridos em virtude do calor excessivo no interior do local. Segundo eles, o local está um ‘forno’, pois os climatizadores evaporativos, uma espécie de ventilador de teto que joga partículas de água para amenizar o calor, não estão funcionando, além dos ventiladores que são velhos e estão estragados.

Segundo um comerciante de Hortifruti, os climatizadores não estão em funcionamento há seis meses, fato que só foi notado há algumas semanas devido ao forte calor que afetou Guaratinguetá. “Faz tempo que esses climatizadores não estão funcionando, mas ninguém se deu conta, pois estava frio. Agora que faz um calor forte, está insuportável ficar aqui dentro. Quando os equipamentos estavam em funcionamento, o mercado tinha um clima gostoso”, comentou.

Outro permissionário afirmou que contabilizou prejuízos com o período de forte calor e teme pelo verão que se aproxima. “Se quando estava inverno já deu um calorão e eu perdi muitas mercadorias, imagina quando for o verão, vai ser impossível trabalhar aqui dentro. Os ventiladores já não funcionam faz tempo mesmo, agora, os climatizadores davam uma ajuda, sem eles, prevejo mais prejuízos”.

O permissionário ressaltou que os comerciantes do Mercado Municipal trabalham sempre com produtos frescos, se trata de uma característica deste comércio. Portanto, necessitam de um clima fresco para expor seus produtos. “Nossas mercadorias são sempre novinhas e precisam ser armazenadas em locais frescos, caso contrário estragam com facilidade. Queremos uma solução rápida, pois estes dias esteve um pouco mais tranquilo, o tempo. Mas, dias quentes estão por vir”.

O Mercado Municipal conta com 22 climatizadores evaporativos. É um equipamento que tem como característica reduzir a temperatura do ar utilizando o processo de evaporação da água.

O ar externo é puxado pela força do ventilador, passando pelas células de papel, que são constantemente molhadas pela água do reservatório, circulada pela bomba de água. O ar externo, seco e quente, absorve umidade e tem sua temperatura reduzida pelo processo de evaporação da água, resultando em um ar mais úmido e frio que o ar externo. Esse tipo de equipamento tem se tornado comum em áreas com grande concentração de pessoas ou ambientes industriais, pois torna o ar mais facilmente respirável, além de permitir que o ambiente fique completamente aberto, unindo uma ventilação adequada a um processo de redução de temperatura do ar.

Em julho, a Prefeitura se reuniu com os permissionários do Mercado Municipal para apresentar o projeto arquitetônico de reforma e ampliação do local. O projeto está orçado em R$ 5,5 milhões e terá uma ampliação na área térrea aproveitável dos atuais 3.351 metros quadrados para 4.525 metros quadrados contemplando num total de 150 lojas, dividas entre os setores de secos e molhados, frios e laticínios, carnes e peixes, lanchonetes, cafés, banheiros modernos com acessibilidade, administração, hortifruti, artesanato, comércio em geral. Neste primeiro momento serão investidos R$ 1 milhão, com recursos próprios da Prefeitura.

Os permissionários entendem que a obra será benéfica e poderá resolver vários problemas que o local apresenta, entre eles, o calor. Mas cobram uma ação imediata, pois o projeto tende a demorar a ser executado.

O Jornal Atos entrou em contato com a administração do Mercado Municipal, mas o administrador do local, Ubirajara Gonçalves Rosa, está de férias. Seu suplente, Genildo, assumiu na última quinta-feira e ainda não tinha ciência do fato e afirmou que irá se informar sobre a situação dos climatizadores e tentar solucionar o problema.

 

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