Negociação por Plano de Cargos e Salários volta a rachar debate em Guaratinguetá

Prefeitura troca líder de discussões a pedido de Sindicato e Câmara; perdas podem chegar aos 40%

O prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva e o presidente do Sisemug, Eduardo Ayres; discussão para Plano de Cargos segue na cidade (Foto: Arquivo Atos)

 

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

A negociação pelo Plano de Cargos e Salários dos servidores municipais de Guaratinguetá ganhou um capítulo inesperado. Gabriela Tobar, então encarregada pelo Executivo para liderar as tratativas, foi retirada das discussões. Letícia Leal, responsável pelo departamento pessoal, toma a frente. Nesta segunda-feira uma nova reunião será realizada na Prefeitura. Próximo do desfecho, o percentual de perdas pode ultrapassar a meta de 30%.

O clima entre o Executivo, o Sisemug (Sindicato dos Servidores) e a Câmara Municipal, que também participava ativamente das reuniões, ficou estremecido após uma entrevista à Rádio Metropolitana na última semana. Ao vivo, o prefeito Marcus Soliva (PSB) se mostrou insatisfeito com o descontentamento do Legislativo e do representante dos funcionários públicos, e chegou até a propor que eles tomassem à frente da negociação.

Em contrapartida o presidente da Câmara, Marcelo Coutinho, Celão (PSD), enfatizou que o papel do Legislativo é lutar ao lado dos servidores para minimizar as perdas salariais. “O que antes eram 30% de perdas, hoje são 50%”, respondeu à emissora.

Com discurso parecido, o presidente do Sisemug, José Eduardo Ayres, tirou do sindicato e da Câmara a responsabilidade por liderar a negociação pelo plano de cargos. Ayres esteve na Casa de Leis na última quinta-feira e confirmou que as tratativas ficaram abaladas após a declaração do prefeito. “Houve um racha”, afirmou.

Mudanças – Inicialmente a meta do Executivo era reduzir as perdas salariais de 61% para 30% dos 2.850 servidores que recebem algum tipo de vantagem pessoal. Esse percentual de funcionários sofreria desfalques nos vencimentos sem o Plano de Cargos. Porém, Soliva confirmou que esse percentual não está fechado e pode oscilar. “Entre 30 e 40%. Varia de acordo com a rodagem de folhas salariais”.

Outra provável mudança é a retirada da graduação por letras (de A a E), onde a cada cinco anos seria feito um reajuste salarial de 5%. A retirada dessa proposta foi feita porque, de acordo com o prefeito, quem recebesse as graduações receberiam reajustes cada vez maiores, enquanto os servidores que tivessem desfalque sofreriam perdas proporcionais.

Os líderes do Executivo, do Legislativo e dos servidores voltam a se reunir às 14h desta segunda-feira. Esse deve ser o penúltimo encontro antes do documento ser concluído. O tempo para a conclusão do plano, para que ele seja encaminhado à Câmara Municipal, é curto. Se não houver tempo hábil para votação e aprovação, os servidores poderão receber os salários-base de cada categoria a partir de outubro.

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Um comentário em “Negociação por Plano de Cargos e Salários volta a rachar debate em Guaratinguetá

  • 19 de outubro de 2017 em 22:51
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    acho um absurdo funcionários c/ mais 20 anos como servidor público ter seus direitos retirados,sendo que sempre contamos c/ a gratificação p/ completar a renda e pagar as dividas a perca é muito mesmo p/ quem tem 100 por cento de gratificação no qual p/ quem esta na empresa a mais de 20 anos ,por isso nós funcionários vamos entrar na justiça p/ garantir nossos direitos

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