Na Câmara, Filippo culpa má gestão tucana e aditivo por rombo no Saeg

Prefeito em 2008 joga responsabilidade por caos na Companhia para sucessor e seus diretores; membros do governo de Francisco Carlos devem ser ouvidos

Junior Filippo (centro) fala dos contratos do Saeg durante os últimos dois governos na cidade; vereadores aguarda Francisco Carlos (Foto: Leandro Oliveira)
Junior Filippo (centro) fala dos contratos do Saeg durante os últimos dois governos na cidade; vereadores aguarda Francisco Carlos (Foto: Leandro Oliveira)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

A Câmara de Guaratinguetá recebeu o ex-prefeito Junior Filippo e o ex-diretor do Saeg (Companhia de Serviços de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá), André Marques, para uma sessão especial, na última terça-feira.

Na pauta, o contrato de trinta anos, assinado em 2008 pela autarquia para o tratamento do esgoto na cidade.

A discussão foi longa e durou aproximadamente duas horas e meia. No plenário, Filippo e Marques foram questionados sobre as cláusulas contratuais de 2008, tratamento do esgoto na cidade na mesma época, valor arrecado para esse tipo de serviço e caixa deixado para a gestão tucana, que assumiu o Saeg em 2013.

Para ambos, não existe qualquer irregularidade com o contrato entre CAB (Companhia de Águas do Brasil) e Saeg. Já sobre o tratamento do esgoto na cidade, Filippo e Marques responderam que as melhorias só poderiam ser observadas à médio prazo, com ações planejadas. Eles foram unânimes ao afirmar que o fator que mais prejudicou a saúde financeira do Saeg foi o aditivo de 2015.

“Se o Saeg está numa situação delicada é pela falta de gestão do contrato, é pelo aditivo, pela gestão que terminou em dezembro, que foi muito ruim para a companhia. É um somatório de coisas. Falta de gestão, aditivo mau realizado e aumento de outros itens de custeio da empresa. Se o Saeg está nessa situação, não é pelo contrato original com a CAB”, declarou Filippo em entrevista.

Filippo também declarou no plenário que durante sua gestão, o valor arrecadado e repassado à CAB para o tratamento do esgoto oscilava entre 75% e 95%. Segundo o ex-prefeito, com o aditivo de março de 2015, já sob a gestão de Francisco Carlos e Láercio Andrade, esse percentual limite foi derrubado. “Se essa regra não fosse quebrada não teria esse contrato levar a companhia para uma situação delicada”.

André Marques, que esteve à frente do Saeg durante boa parte da gestão Filippo, garantiu que durante sua gestão a companhia sempre fechou as contas no azul. Sobre o tratamento do esgoto na cidade, o ex-diretor respondeu que os primeiros investimentos foram feitos sob sua gestão e que os resultados deles só seriam observados posteriormente.

Próximas etapas – Após a sessão especial, o presidente da Câmara, Marcelo Coutinho, Celão (PSD), garantiu que vai encaminhar um convite ao ex-prefeito Francisco Carlos (PSDB) e os dois ex-diretores do Saeg, que estiveram à frente da companhia nos últimos quatro anos, Laércio Andrade e Gonçalo Ferraz.

“Vamos partir para a próxima administração, que é a do PSDB. Conversar com o vereador Marcos Evangelista (PSDB) e vamos pedir para que ele faça contato com a administração passada para ver se existe interesse em comparecer à Câmara para contribuir conosco”, declarou Celão.

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