Monitores denunciam atraso salarial em Guaratinguetá

Sem pagamento há dois meses, trabalhadores buscam apoio na Câmara

Carlos Pimentel
Guaratinguetá

Monitores dos programas sociais oferecidos pela secretaria de Assistência Social de Guaratinguetá reclamam que estão há dois meses sem receber o salário. Os trabalhadores, temendo represálias, procuraram o auxílio dos vereadores para que reivindiquem o pagamento dos vencimentos e não sejam perseguidos pelo Executivo.

Os monitores são responsáveis por ministrar programas sociais em unidades como o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Em Guaratinguetá são oferecidos diversos programas e projetos como oficinas de geração de renda com foco na capacitação em costura industrial, costura básica, bordados, oficinas de caixas, decoupage e aplique, padaria artesanal e serviços de inclusão social.

Segundo o vereador Orville Teixeira (PV), os monitores buscaram resguardo junto à Câmara porque os trabalhadores que reivindicaram o pagamento do salário atrasado foram dispensados. “Os servidores estão muito tristes pela falta de pagamento e não podem nem reclamar, pois quem reclamou foi dispensado e/ou ouviu a frase ‘não está contente peça para sair’. Também não podem faltar, pois terão os dias descontados e não há nenhuma punição para o responsável pelo emprego destes trabalhadores, apenas para eles”.

Orville ressaltou que são funcionários contratados e que ganham cerca de R$ 1 mil por mês, por isso temem represálias do poder público, serem perseguidos ou perder o emprego. “Os pagamentos estão atrasados e as contas estão se acumulando, inclusive teve monitor que pediu até auxílio para a alimentação, com cestas básicas. Não é justo que um trabalhador fique dois meses sem receber sua remuneração, e não tenha direito nem de reclamar com medo ser perseguido e ter o seu contrato reincidido pela Prefeitura”.

O parlamentar afirmou que a Câmara enviará um documento ao Executivo cobrando o pagamento dos vencimentos e a manutenção de “um bom ambiente de trabalho”. “Será enviado um documento para as secretarias de Assistência Social e Fazenda, pedindo um posicionamento para saber se o atraso é oriundo de falta de repasses federais, ou se é um problema de gestão financeira do município. A Câmara está em defesa destes servidores para que eles possam ter suas atividades reconhecidas, com um bom ambiente de trabalho e que possam receber em dia”.
A reportagem do Jornal Atos tentou contato com a Prefeitura de Guaratinguetá, que não se manifestou sobre o assunto.

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